Fernandinho e Washington em disputa de bola
(Foto: Maurício Val / VIPCOMM)
Um tempo inteirinho do São Paulo, um do Fluminense e empate no Maracanã. Teve de tudo no duelo de tricolores. Jogão com gol de goleiro, belas defesas, pênalti perdido (ou defendido), falhas, tensão, sofrimento. Neste domingo, os são-paulinos conseguiram frear o líder do campeonato, mas ainda não foi dia de voltar a vencer. Os cariocas, depois de um cochilo na primeira etapa, pressionaram muito na volta do intervalo, martelaram, mas não conseguiram os três pontos. Foi jogo de Rogério Ceni. O capitão do Morumbi marcou de falta, fez grandes defesas e evitou a derrota no Rio. No fim, um 2 a 2 justo, bem melhor para o time de Muricy Ramalho, que completa 14 partidas de invencibilidade.
A equipe das Laranjeiras chega a 37 pontos, mantém a liderança, mas vê a diferença para o vice-líder Corinthians cair de cinco para três pontos. O São Paulo está em 15º, com 19, bem distante da zona de classificação para a Libertadores da América.
Na próxima quarta-feira, o Fluminense recebe o Palmeiras, no Maracanã, às 22h. O São Paulo também joga em casa. Na quinta, às 21h, no Morumbi, enfrenta o Atlético-GO.
São Paulo vira a sorte e o placar
Cobrança de falta quase no ângulo, chutes de longe, de dentro da área, cruzamentos e mais cruzamentos. O São Paulo gastou as opções ofensivas desde os primeiros minutos. Chegou com Fernandinho, com Richarlyson, Junior Cesar, Jean. Nem Rogério Ceni ficou fora na hora de tentar vencer Fernando Henrique. Foi pelo lado esquerdo que a equipe do técnico interino Sérgio Baresi tentou se achar no Maracanã. Ele escalou Richarlyson daquele lado, bem perto de Fernandinho e Junior Cesar. Incrível como a fase dos são-paulinos não ajuda. Todas as tentativas pararam no camisa 1 do Flu ou na zaga adversária.
Incrível como a fase do Fluminense de Muricy Ramalho é iluminada. Incrível como Conca é importante para o líder do campeonato. O argentino bom de bola tem jogado demais. Aos oito, quando o rival era melhor, ele partiu pela esquerda, parou na frente do marcador e esperou. Julio Cesar passou e recebeu. Assim mesmo, no automático. O cruzamento rasteiro encontrou Deco livre na área. De primeira, o camisa 20 abriu o placar: 1 a 0. Primeiro gol dele com a camisa do Fluminense em três partidas.
O abatimento do São Paulo não durou quase nada. Dois minutos depois, em lance bem parecido com o gol carioca, Fernandinho invadiu a área pela esquerda, viu Richarlyson sozinho e rolou. O chute forte foi cortado por Fernando Bob quase sobre a linha. Jean e Junior Cesar voltaram a tentar de longe, sempre perigosos. Fernando Henrique estava atento.
A proposta do Fluminense era clara. Tentar roubar a bola no meio-campo e armar contra-ataques. Numa dessas, Mariano cruzou para a área e encontrou Washington. O Coração Valente, que há um mês defendia o Tricolor Paulista, pegou de primeira e mandou para longe do gol. Pouco para o primeiro colocado na tabela. Sem o atacante Emerson, suspenso, Muricy armou o time no esquema 4-5-1. Belletti, mal no meio-campo, substituiu Sheik, com Deco e Conca com liberdade para encostar em Washington, o que não aconteceu.
Em dois ataques, a sorte do São Paulo virou. Numa das muitas faltas cometidas pelo Fluminense perto da área, Rogério Ceni tentou outra vez, aos 34. Foi por baixo que ele conseguiu superar a barreira e o goleiro: 90º gol da carreira do capitão e 1 a 1 no placar. A última vez que ele havia marcado de falta foi na derrota por 2 a 1 contra o Once Caldas, da Colômbia, em fevereiro, pela Libertadores da América. Um minuto depois, Richarlyson cruzou da esquerda, na segunda trave, Julio Cesar não acompanhou a subida de Fernandão, Fernando Henrique saiu mal, e o atacante cabeceou para virar: 2 a 1. O gol irritou a torcida do Fluminense, que passou a vaiar o goleiro e o volante Belletti.
Fluminense abafa, mas só empata
Vinte e três segundos. Foi o tempo que o atacante Rodriguinho, que voltou para a etapa final no lugar de Belletti, precisou para mostrar que o Fluminense seria outro. Após bela arrancada do volante Diogo, a bola sobrou para ele dentro da área, que disparou de esquerda. Rogério Ceni fez linda defesa em dois tempos. Toda a pressão que o São Paulo fez no primeiro tempo foi copiada pelo Tricolor carioca no segundo. Muito por conta do despertar de Deco. O meia pediu jogou, se movimentou, caiu pelos lados do campo, encarou a marcação dos volantes e zagueiros. Conca também apareceu, só que como atacante. O argentino pequenino quase virou Washington, aos seis. Após ótimo cruzamento de Julio Cesar da esquerda, ele mergulhou para cabecear e errou por muito pouco. Pouco depois, Mariano achou Rodriguinho na área. Outra cabeçada que assustou Rogério Ceni.
O São Paulo se encolheu. Achou que era melhor segurar o placar, desistiu de atacar. Baresi tirou Fernandão e colocou Cleber Santana antes dos dez minutos. O empate era questão de tempo. Só o Flu jogava, pressionava com toda a força. Aos 14, Conca cobrou falta para a área, Ceni não saiu do gol, e Leandro Euzébio deixou tudo igual, de cabeça: 2 a 2. O empate fez Baresi mexer outra vez. Ele tirou Fernandinho, que foi muito bem no primeiro tempo, e colocou o meia Marlos como atacante, com o apoio de Cleber Santana e Marcelinho.
Até Rogério Ceni falhou. Aos 21, errou na saída de bola e jogou nos pés de Rodriguinho. O chute saiu cruzado e torto. Mas o capitão são-paulino não se cansa de acumular créditos. Não é do tipo que espera muito tempo para se recuperar. Aos 24, Deco tentou passar por Richarlyson dentro da área, a bola tocou na mão do volante, e o árbitro Leandro Pedro Vuaden marcou pênalti. Na cobrança, Washington, que ainda é o artilheiro do São Paulo na temporada com 13 gols, bateu rasteiro, no canto direito, e Rogério foi buscar. Pouco depois, Deco bateu cruzado, e lá estava Rogério outra vez.
O São Paulo decidiu tentar a vitória nos dez minutos finais. Chegou perto com Cleber Santana em chute cruzado, aos 36. Chegou muito, muito perto mesmo, com Marcelinho, aos 38. Livre na área, o garoto perdeu de forma inacreditável. Resultado justo ou não, foi uma noite de grande jogo no Maracanã.
(Foto: Maurício Val / VIPCOMM)
Um tempo inteirinho do São Paulo, um do Fluminense e empate no Maracanã. Teve de tudo no duelo de tricolores. Jogão com gol de goleiro, belas defesas, pênalti perdido (ou defendido), falhas, tensão, sofrimento. Neste domingo, os são-paulinos conseguiram frear o líder do campeonato, mas ainda não foi dia de voltar a vencer. Os cariocas, depois de um cochilo na primeira etapa, pressionaram muito na volta do intervalo, martelaram, mas não conseguiram os três pontos. Foi jogo de Rogério Ceni. O capitão do Morumbi marcou de falta, fez grandes defesas e evitou a derrota no Rio. No fim, um 2 a 2 justo, bem melhor para o time de Muricy Ramalho, que completa 14 partidas de invencibilidade.
A equipe das Laranjeiras chega a 37 pontos, mantém a liderança, mas vê a diferença para o vice-líder Corinthians cair de cinco para três pontos. O São Paulo está em 15º, com 19, bem distante da zona de classificação para a Libertadores da América.
Na próxima quarta-feira, o Fluminense recebe o Palmeiras, no Maracanã, às 22h. O São Paulo também joga em casa. Na quinta, às 21h, no Morumbi, enfrenta o Atlético-GO.
São Paulo vira a sorte e o placar
Cobrança de falta quase no ângulo, chutes de longe, de dentro da área, cruzamentos e mais cruzamentos. O São Paulo gastou as opções ofensivas desde os primeiros minutos. Chegou com Fernandinho, com Richarlyson, Junior Cesar, Jean. Nem Rogério Ceni ficou fora na hora de tentar vencer Fernando Henrique. Foi pelo lado esquerdo que a equipe do técnico interino Sérgio Baresi tentou se achar no Maracanã. Ele escalou Richarlyson daquele lado, bem perto de Fernandinho e Junior Cesar. Incrível como a fase dos são-paulinos não ajuda. Todas as tentativas pararam no camisa 1 do Flu ou na zaga adversária.
Incrível como a fase do Fluminense de Muricy Ramalho é iluminada. Incrível como Conca é importante para o líder do campeonato. O argentino bom de bola tem jogado demais. Aos oito, quando o rival era melhor, ele partiu pela esquerda, parou na frente do marcador e esperou. Julio Cesar passou e recebeu. Assim mesmo, no automático. O cruzamento rasteiro encontrou Deco livre na área. De primeira, o camisa 20 abriu o placar: 1 a 0. Primeiro gol dele com a camisa do Fluminense em três partidas.
O abatimento do São Paulo não durou quase nada. Dois minutos depois, em lance bem parecido com o gol carioca, Fernandinho invadiu a área pela esquerda, viu Richarlyson sozinho e rolou. O chute forte foi cortado por Fernando Bob quase sobre a linha. Jean e Junior Cesar voltaram a tentar de longe, sempre perigosos. Fernando Henrique estava atento.
A proposta do Fluminense era clara. Tentar roubar a bola no meio-campo e armar contra-ataques. Numa dessas, Mariano cruzou para a área e encontrou Washington. O Coração Valente, que há um mês defendia o Tricolor Paulista, pegou de primeira e mandou para longe do gol. Pouco para o primeiro colocado na tabela. Sem o atacante Emerson, suspenso, Muricy armou o time no esquema 4-5-1. Belletti, mal no meio-campo, substituiu Sheik, com Deco e Conca com liberdade para encostar em Washington, o que não aconteceu.
Em dois ataques, a sorte do São Paulo virou. Numa das muitas faltas cometidas pelo Fluminense perto da área, Rogério Ceni tentou outra vez, aos 34. Foi por baixo que ele conseguiu superar a barreira e o goleiro: 90º gol da carreira do capitão e 1 a 1 no placar. A última vez que ele havia marcado de falta foi na derrota por 2 a 1 contra o Once Caldas, da Colômbia, em fevereiro, pela Libertadores da América. Um minuto depois, Richarlyson cruzou da esquerda, na segunda trave, Julio Cesar não acompanhou a subida de Fernandão, Fernando Henrique saiu mal, e o atacante cabeceou para virar: 2 a 1. O gol irritou a torcida do Fluminense, que passou a vaiar o goleiro e o volante Belletti.
Fluminense abafa, mas só empata
Vinte e três segundos. Foi o tempo que o atacante Rodriguinho, que voltou para a etapa final no lugar de Belletti, precisou para mostrar que o Fluminense seria outro. Após bela arrancada do volante Diogo, a bola sobrou para ele dentro da área, que disparou de esquerda. Rogério Ceni fez linda defesa em dois tempos. Toda a pressão que o São Paulo fez no primeiro tempo foi copiada pelo Tricolor carioca no segundo. Muito por conta do despertar de Deco. O meia pediu jogou, se movimentou, caiu pelos lados do campo, encarou a marcação dos volantes e zagueiros. Conca também apareceu, só que como atacante. O argentino pequenino quase virou Washington, aos seis. Após ótimo cruzamento de Julio Cesar da esquerda, ele mergulhou para cabecear e errou por muito pouco. Pouco depois, Mariano achou Rodriguinho na área. Outra cabeçada que assustou Rogério Ceni.
O São Paulo se encolheu. Achou que era melhor segurar o placar, desistiu de atacar. Baresi tirou Fernandão e colocou Cleber Santana antes dos dez minutos. O empate era questão de tempo. Só o Flu jogava, pressionava com toda a força. Aos 14, Conca cobrou falta para a área, Ceni não saiu do gol, e Leandro Euzébio deixou tudo igual, de cabeça: 2 a 2. O empate fez Baresi mexer outra vez. Ele tirou Fernandinho, que foi muito bem no primeiro tempo, e colocou o meia Marlos como atacante, com o apoio de Cleber Santana e Marcelinho.
Até Rogério Ceni falhou. Aos 21, errou na saída de bola e jogou nos pés de Rodriguinho. O chute saiu cruzado e torto. Mas o capitão são-paulino não se cansa de acumular créditos. Não é do tipo que espera muito tempo para se recuperar. Aos 24, Deco tentou passar por Richarlyson dentro da área, a bola tocou na mão do volante, e o árbitro Leandro Pedro Vuaden marcou pênalti. Na cobrança, Washington, que ainda é o artilheiro do São Paulo na temporada com 13 gols, bateu rasteiro, no canto direito, e Rogério foi buscar. Pouco depois, Deco bateu cruzado, e lá estava Rogério outra vez.
O São Paulo decidiu tentar a vitória nos dez minutos finais. Chegou perto com Cleber Santana em chute cruzado, aos 36. Chegou muito, muito perto mesmo, com Marcelinho, aos 38. Livre na área, o garoto perdeu de forma inacreditável. Resultado justo ou não, foi uma noite de grande jogo no Maracanã.
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