Crédito: Gaspar Nóbrega/VIPCOMM
São cinco empates e quatro vitórias de Paulo César Gusmão à frente do Vasco no Campeonato Brasileiro. Somadas às sete partidas nas quais comandou o Ceará, também sem perder, e temos na figura do técnico o único invicto entre os que o disputam a competição desde o seu início. A questão agora é, a quem mais interessa tal série, ao Vasco ou a PC? Quem lucra mesmo com ela?
Diante de um São Paulo remendado, com treinador interino, vivendo a sua maior crise nos últimos anos, a equipe vascaína foi de uma timidez ofensiva capaz de deixar encabulado até o mais fanático torcedor. Um time que em 90 minutos arriscou apenas dois tiros contra a meta de Rogério Ceni, ambos sem direção, fora do alvo. Um Vasco sem qualquer ambição pela vitória.
Quem viu o 0 a 0 entre da noite de ontem, no Morumbi pode ter saído com a ideia de que os são-paulinos progrediram. Nem tanto. A posse de bola beirou os 70%, em função da renúncia do adversário, que simplesmente não queria a pelota, deixava o dono da casa comandar as ações para se defender e, no máximo, esboçar um contra-ataque. Pouco, muto pouco. Pífio.
E assim o São Paulo foi o único time a flertar minimamente com os três pontos. Esbarrou no único ponto positivo do rival, a firme atuação de seu sistema defensivo e o brilho do goleiro Fernando Prass em três lances. Sim, pois Rogério Ceni não foi incomodado pelo ataque inofensivo no qual despontou a ineficiência assustadora de Éder Luiz e a inacreditável palidez de Zé Roberto.
Assim, o Vasco não voltárá à segunda divisão, mas também não irá além dos postos intermediários, ainda mais com um dos piores ataques do campeonato. Basta para quem vem da Série B, sem dúvida, mas é preciso sonhar ou pelo menos lutar por resultados possíveis, como derrotar o São Paulo em crise, mesmo fora de casa. Tal ideia parece sequer ter passado pelos planos.
Desse jeito, a cada rodada, as pessoas seguirão enaltecendo a recuperação do Vasco, "graças a PC" e sua série sem derrotas, especialmente a invencibilidade dele em todo o certame. Um bom marketing pessoal. Ok, mas que tal se arriscar mais um pouco? A chance do Morumbi foi desperdiçada. Vejamos diante de Cruzeiro, Ceará, Atlético Mineiro e Palmeiras. É preciso.
PS 1: O que faz Felipe no time do Vasco além de reclamar por ser escalado na lateral-esquerda?
PS 2: E Carlinhos Paraíba? Ao tentar dominar a bola, tocou de canela e a deixou sair, depois cobrou a falta que o Morumbi esperava Rogério Ceni bater. Seria mais uma "contratação cirúrgica"?
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