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Medo de cair

Horas após o diretor de futebol João Paulo de Jesus Lopes dizer que "time grande não cai", Tricolor vive um dia de time à beira da Série B, com direito a protesto de torcedores no CT


foto: Marcos Bezerra/Futura Press
Dagoberto e Marlos conversam com os torcedores que foram protestar no CT da Barra Funda

Quem diria que, menos de 20 dias após ficar a apenas um gol de uma classificação à final da Libertadores e da consequente vaga no Mundial de Clubes, o São Paulo viveria um roteiro comum aos clubes que trilham o doloroso caminho rumo ao rebaixamento para Série B?

Nesta segunda-feira, no primeiro treino após a derrota por 3 a 0 para o arquirrival Corinthians, cerca de 50 torcedores foram ao CT protestar. Eles tiveram acesso ao local e conversaram com jogadores, de quem estavam separados apenas por uma grade.
De quebra, o técnico interino Sérgio Baresi quase foi destituído precocemente, o que evidencia a falta de rumo da diretoria. Afinal, Baresi assumiu interinamente há 14 dias e vinha recebendo a promessa de ficar até o fim deste ano.

Além de uma série de mitos tricolores quebrados em 2010, outro motivo que justifica o temor de ver o São Paulo cair pela primeira vez para a Segunda Divisão do Brasileirão é o desprezo com o qual o diretor de futebol João Paulo de Jesus Lopes se referiu ao assunto, logo após a derrota para o Timão. "Time grande não cai", afirmou o cartola, provocando o Corinthians, rebaixado em 2007. Ele se esqueceu que recentemente outros gigantes como Vasco da Gama, Palmeiras, Atlético-MG e Grêmio também foram "condenados" a jogar um ano na Segundona. Todos voltaram à Série A pela porta da frente.

"Estamos vivendo um momento delicado. Normal no São Paulo é que a situação esteja tranquila. Deixamos a torcida entrar para não gerar uma atitude ainda pior", justificou o vice-presidente de futebol Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, único cartola são-paulina a conversar com a imprensa. O presidente Juvenal Juvêncio esteve no CT, mas, como de costume, evitou o contato com a mídia e, também, com os torcedores.

Membros das duas principais torcidas uniformizadas foram recebidos pelo gerente de futebol José Carlos dos Santos. O contato com alguns jogadores, como o meia Marlos, foi bastante tenso no começo, mas logo ficou mais sereno.
Já o atacante Dagoberto, afastado do time pela diretoria, foi aclamado pela massa, que pediu seu retorno ao time. Uma provocação direta aos cartolas e à atual comissão técnica.

'Baladeiros' na mira dos torcedores

Os torcedores que foram ontem ao CT entoaram gritos de protesto contra os cartolas e, em especial, contra Cléber Santana, Renato Silva e Alex Silva. A massa alega que o trio anda abusando da vida noturna. "Nunca saio de casa sozinho. Minha família está em São Paulo comigo. Sou casado, tenho dois filhos e isso ninguém pode falar", rebateu Cléber.

Concentração quase a semana inteira

Após o vexame de domingo, a diretoria decidiu aumentar o período de concentração dos atletas. Desde ontem à noite, o elenco está concentrado para o jogo de amanhã, contra o Vasco. O mesmo procedimento será adotado na sexta-feira, embora o time só jogue domingo, contra o Flu.


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