Primeira partida das semifinais da Libertadores, em Porto Alegre.

Internacional e São Paulo.

O jogo está disputado, brigado, xingado.

A bola cai com Dagoberto pela esquerda.

Ele tenta dar um 'rolinho' em Guiñazu.

Passar a bola no meio das pernas do volante.

O argentino nem toma conhecimento do atacante do São Paulo, fica com a bola e o jogo segue.

Dagoberto apenas observa o jogador do Inter partir para a intermediária paulista.

O lance fez o presidente Juvenal Juvêncio soltar um enorme palavrão.

E jurar que tudo o que não quer ver no São Paulo é esta displicência.

Dito e feito.

Ele esperou acabar a Libertadores para o São Paulo e deu a ordem: afastar Dagoberto.

O jogador tem sido uma enorme decepção desde que chegou do Atlético Paranaense.

O São Paulo comprou a briga, rompeu com o clube para ter o atacante.

Só que há quatro anos tem sido a mesma coisa.

A diretoria do São Paulo fica na expectativa que ele o jogador vá se firmar.

Se transformar no 'novo Zico', como disseram os empresários que encaminharam a negociação.

Aliás, os empresários de Dagoberto são os irmãos Malaquias.

Os mesmos de Keirrison.

A direção do São Paulo já pediu a empresários para vender o meia atacante.

Só que não há interessados.

Equipes do Leste Europeu até tentaram o jogador.

Mas há três anos.

Desde então, o seu rendimento irregular não tem animado clubes da Europa.

No São Paulo, conselheiros, dirigentes e até o presidente Juvenal Juvêncio concordam.

E não admitem.

Dagoberto não deu certo no São Paulo.

Não foi nem metade do atleta que todos esperavam.

Além do fraco rendimento, sua postura está contra ele.

Seu afastamento por parte de Sérgio Baresi não é surpresa.

Milton Cruz já não o havia levado para enfrentar o Atlético Paranaense.

Juvenal sonha, pede aos Céus que apareça um interessado para levar o jogador.

Há outros dois que a diretoria acredita que já fizeram o que poderiam no São Paulo.

Richarlyson e Miranda.

Pelo menos, esses têm mercado, clubes interessados.

Ao contrário de Dagoberto...