Nação tricolor;
Raça não faltou aos jogadores, vontade também não. Mas faltou futebol e organização para o Maior do Mundo alcançar o objetivo máximo do ano. Aliás, organização é uma coisa que falta já há um bom tempo no planejamento do tricolor nas últimas Libertadores.
Antes de mais nada, parabéns ao Internacional. Os gaúchos mostraram diferenciação e foco no planejamento da competição. Isso claramente se refletiu na classificação para as finais. Estavam capengas na fase de grupos, perceberam os problemas e cirurgicamente os solucionaram a tempo, trocando um técnico que apesar de levar a equipe nas semifinais não estava agradando tecnicamente. Também trouxeram reforços, mostrando conhecimento de futebol. Mereceram a vaga e ponto. O torcedor colorado tem que comemorar a ótima fase de sua diretoria e, por tabela, do time.
O jogo desta quinta foi parelho e emocionante, do jeito que tem que ser uma partida de Libertadores. O resultado foi definido em detalhes. Infelizmente a sorte não esteve ao nosso lado novamente, mas um time campeão não vive somente de sorte. Ao contrário de 90% da imprensa e de muitos jogadores e membros da comissão técnica, eu não acredito que perdemos a vaga apenas no primeiro jogo, no Beira Rio. Lógico, aquela partida merecia ser riscada da história do clube e o tricolor errou grotescamente em se recusar a fazer um gol em solo gaúcho, mas se o torcedor relembrar o histórico do tricolor na competição vai ver que a colocação do clube não foi condizente com o que foi apresentado pelo mesmo dentro de campo. Isso é, foi uma “boa campanha entre aspas”.
As “aspas” se auto-explicam: A verdade é que o time teve um desempenho sofrível em muitos momentos da competição, a lacuna crônica na criação do meio-campo permaneceu em 2010 e não houve reposição de uma posição perdida durante a Copa. Bons jogos foram exceção e não é preciso ser muito racional para perceber isso. Para mim, o maior erro do semestre foi não ter percebido os erros de elenco e da comissão técnica em tempo. Taí escancarado o mérito do adversário.
A camisa do São Paulo não deixou de ser a mais pesada do Brasil com mais essa desclassificação. O tricolor também não deixou de ser o maior vencedor do país, apesar de seus setenta e poucos anos. A sala de troféus não mente e está recheada de glórias que até equipes centenárias jamais alcançaram, algumas delas até com despedidas vergonhosas. Mas a verdade é que a nossa atual diretoria abusa de contar com a nossa tradição e história e provou mais uma vez que em alguns fundamentos está claramente parada no tempo.
A responsabilidade da eliminação tem que ser dividida por todos, com exceção da torcida, que compareceu em peso no Morumbi (mais de 57 mil pessoas) e fez a sua digna função de torcer. Mas principalmente tem que ser reservada aos homens lá de cima. Temos novamente que nos reinventar neste ano. Reinventar-se é a nossa diretoria (em especial seu presidente) parar de errar sistematicamente, é rever conceitos perdidos, abaixar o enorme nariz, ser mais presente e mudar o que tem que ser mudado.
A torcida jamais vai parar de torcer pelo Maior do Mundo. Mas também tem que cobrar.
Saudações tricolores!
Melhores do SPFC Ricardo Oliveira (matador), Rogério Ceni (vergonha na cara) e Alex Silva (pelo gol)
Piores do SPFC Dagoberto (escondeu-se mais uma vez em decisões) e Cléber Santana (gelado em campo)
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