Renan olhou para o céu. Enquanto os jogadores do São Paulo pulavam um por cima do outro, eufóricos no gramado gelado do Morumbi, Renan olhou para o céu. Queria explicações. “Por que eu?”, deve ter perguntado. “Por que justamente eu?”, deve ter indagado. “Por que eu, tão colorado, tão identificado com esse clube, tinha que falhar?”, deve ter questionado. Enquanto andava de um lado para o outro, balançava a cabeça, levava as mãos ao rosto, Renan não percebia que estava reescrevendo a história de Rogério Ceni há quatro anos. E não imaginava que Alecsandro seria Fernandão por uma noite.s mesmas luvas que não agarraram o cruzamento de Hernanes bateram uma contra a outra, como incentivo aos zagueiros, com aquele “vamo lá” saindo da goela do goleiro e resumindo tudo que restava para ele: ir adiante, esquecer a dor de um passado encerrado há um segundo, jogar nas profundezas do esquecimento aquela bola que escapuliu, o desespero dos colegas tentando cortar, a alegria de Alex Silva ao completar para o gol. Renan começou a jogar pelo Inter aos nove anos. Renan voltou para ser campeão da Libertadores. Renan tinha jogado três partidas sem levar um gol sequer. Renan falhou...
Falhou como Rogério Ceni falhara em 2006, também em uma Libertadores, também em um Inter x São Paulo. Renan não tem a mesma dimensão de Ceni, mas é colorado do mesmo jeito que o colega de profissão é são-paulino. Há quatro anos, o goleiro do São Paulo não segurou um cruzamento, e Fernandão fez o primeiro gol do Inter no empate por 2 a 2, suficiente para tornar o Colorado campeão da América. Em 2010, Alecsandro foi Fernandão.
O mundo pesava feito chumbo nas costas de Renan no segundo tempo. Foi aí que D’Alessandro se posicionou para cobrar uma falta. Foi aí que Alecsandro apareceu no meio do caminho. Foi aí que a bola encontrou o calcanhar do camisa 9. Renan, lá do outro lado do campo, pegou o chumbo e mandou longe. O Inter empatava o jogo. O Inter estava avançando à final.
O São Paulo, com Ricardo Oliveira, ainda faria o segundo gol. Mas a vaga era gaúcha. Na noite em que Renan imitou Rogério Ceni, Alecsandro foi Fernandão, o herói de 2006, agora são-paulino. Para os colorados, foi só por uma noite: é impossível Alecsandro ser realmente Fernandão. Para Renan, foi a eternidade.
Falhou como Rogério Ceni falhara em 2006, também em uma Libertadores, também em um Inter x São Paulo. Renan não tem a mesma dimensão de Ceni, mas é colorado do mesmo jeito que o colega de profissão é são-paulino. Há quatro anos, o goleiro do São Paulo não segurou um cruzamento, e Fernandão fez o primeiro gol do Inter no empate por 2 a 2, suficiente para tornar o Colorado campeão da América. Em 2010, Alecsandro foi Fernandão.
O mundo pesava feito chumbo nas costas de Renan no segundo tempo. Foi aí que D’Alessandro se posicionou para cobrar uma falta. Foi aí que Alecsandro apareceu no meio do caminho. Foi aí que a bola encontrou o calcanhar do camisa 9. Renan, lá do outro lado do campo, pegou o chumbo e mandou longe. O Inter empatava o jogo. O Inter estava avançando à final.
O São Paulo, com Ricardo Oliveira, ainda faria o segundo gol. Mas a vaga era gaúcha. Na noite em que Renan imitou Rogério Ceni, Alecsandro foi Fernandão, o herói de 2006, agora são-paulino. Para os colorados, foi só por uma noite: é impossível Alecsandro ser realmente Fernandão. Para Renan, foi a eternidade.
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