A expressão "final antecipada" nunca foi tão bem empregada como para o jogo entre São Paulo e Internacional, na noite desta quinta-feira, às 21h50 (de Brasília). Não que o jogo já valha o título da Copa Libertadores da América, mas, levando o vencedor à decisão do torneio, o duelo já garantirá um representante brasileiro no Mundial de Clubes da Fifa.
Em clima de revanche pela edição de 2006, quando o Colorado derrotou o Tricolor na final, a duas equipes apostam agora na experiência para a revanche. Quem sobreviver ao confronto será o encarregado por representar a América do Sul no Mundial da Fifa, mesmo se perder na final. Isso acontece porque o outro finalista é o Chivas, do México. O clube atua como convidado na Libertadores e é integrante da Concacaf, e não da Conmebol.
Além disso, a partida também servirá para mostrar qual clube merece o status de mais vitorioso e organizado do país. "A prova da importância das duas equipes é o que elas vêm fazendo nos últimos anos. Sei como a diretoria do Inter trabalha lá, e também é impressionante aqui como trabalham. Na Libertadores, mesmo fazendo tudo certo não é garantia de vitória. Mas são duas equipes modelos e, por isso, chegam sempre nas disputas", analisa o ex-colorado e atual tricolor Fernandão.
Para conquistar o posto na decisão e, consequentemente, no torneio entre clubes de Abu Dhabi, o Colorado sabe que precisa brecar justamente Fernandão, seu ex-ídolo e capitão da conquista de 2006, que deverá ter a companhia de mais dois atacantes, Dagoberto e Ricardo Oliveira.
Segundo o zagueiro Bolívar, a possibilidade de um trio ofensivo são-paulino já foi estudada. "Não muda. O Fernandão costuma vir de trás, deve fazer aquele homem de meio-campo, com Ricardo Oliveira e Dagoberto na frente. O Sandro costuma ficar junto com a defesa, que marcaria os outros atacantes", apontou o zagueiro colorado.
Na partida de ida da semifinal, em Porto Alegre, o Inter venceu por 1 a 0 e tem agora a vantagem do empate. O Tricolor, por sua vez, precisa do triunfo por dois gols de diferença. A classificação também é necessária para a manutenção do técnico Ricardo Gomes, que ficará sem contrato se o time for eliminado.
"O Inter tem uma vantagem importante, mas não decisiva. Eles poderiam ter conseguido um aproveitamento maior, o que não foi o caso", analisa o técnico são-paulino. Para garantir a vaga, o treinador deixa clara a intenção de apostar no trio de atacantes de ofício.
Assim, o meia Marlos deve perder a vaga na equipe, deixando a linha de frente com Fernandão, Dagoberto e a grande esperança da torcida: Ricardo Oliveira, que fora impedido de participar da final de 2006 em função do fim de seu contrato. Agora, o reforço tricolor espera ser o diferencial no Morumbi.
"O Ricardo Oliveira é a grande surpresa da reta final. Mesmo quando entrou contra o Inter, ele foi muito bem. Tive que rever os planos, pois ninguém esperava que ele voltasse tão bem", enaltece Gomes.
Do outro lado, o Colorado também aposta em uma estrela de 2006. O volante Tinga já mostrou no Brasileirão que está bem para fazer a estreia na Libertadores, o que anima Kleber. "Entre Andrezinho e Tinga, não muda a qualidade do passe, e sim na marcação, onde o Tinga vai nos ajudar bastante. Em qualquer formação, vamos dar o máximo", disse o lateral esquerdo.
Os dois treinadores realizaram atividades secretas nos dias que antecederam a partida, mas não devem promover grandes surpresas. Tinga e Ricardo Oliveira devem ser mesmo as principais novidades das equipes. Além disso, no São Paulo, Cleber Santana assume o posto de Richarlyson, lesionado.
FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO X INTERNACIONAL
Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 5 de agosto de 2010, quinta-feira
Horário: 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Carlos Amarilla (do Paraguai)
Assistentes: Nicolas Yegros e Milcíades Saldívar (ambos do Paraguai)
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Jean, Alex Silva, Miranda e Junior Cesar; Rodrigo Souto, Cleber Santana, Hernanes e Fernandão; Dagoberto e Ricardo Oliveira
Técnico: Ricardo Gomes
INTER: Renan; Nei, Índio, Bolívar e Kléber; Sandro, Guiñazu, Tinga (Andrezinho) e D'Alessandro; Taison e Alecsandro
Técnico: Celso Roth
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