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Cosme Rímoli: O sonho de consumo do São Paulo: Dunga… Te cuida Alex Escobar…

Desde a eliminação do Brasil nas quartas da Copa da África, só surgiram dois interessados em Dunga.

A primeira foi a seleção de Honduras.

O brasileiro foi colocado como um dos candidatos a fazer um trabalho de renovação no fraco selecionado.

O sonho durou exatamente dois dias.

Os dirigentes hondurenhos chegaram à conclusão de que ele é caro.

Agora o nome de Dunga surgiu ontem de madrugada, depois do modorrento empate no Morumbi.

Os dirigentes se irritaram profundamente com o comportamento da equipe.

Contra o Grêmio Prudente, os jogadores se omitiram, erraram passes, não se comprometeram.

E Ricardo Gomes continuou impassível no banco.

Ou no máximo ficava em pé.

Ele não passava energia, não cobrava, não xingava.

Não tomava atitude.

Parecia um estudante de arte observando uma obra no Louvre.

Além disso, observando o comportamento dele nos vestiários, Ricardo Gomes é civilizado demais.

Não há gritos, não há broncas mais ríspidas.

No máximo, conversas em tom baixo.

Geralmente na sua sala.

O vice presidente Leco, que era tão contra a postura tosca de Muricy, quer alguém para socar a mesa.

Gritar com os jogadores.

Enfrentar a impresa, tão acostumada aos sucos de tangerina e às bolachas Maria no CCT.

Ele é um dos defensores do ex-técnico da seleção brasileira.

O auxiliar Jorginho foi jogador do São Paulo.

Chegou no final da carreira, mas conseguiu fazer amigos até hoje.

A dupla Dunga e Jorginho tem fortes defensores.

Juvenal ainda preferiu dar uma sobrevida a Ricardo Gomes.

Para o dirigente 'não tem cabimento' trocar o técnico às vésperas da semifinal da Libertadores.

O contrato de Ricardo Gomes venceu no dia 30 de junho.

Só será renovado se o São Paulo ganhar a competição sul-americana.

Poucas vezes nos anos em que manda no clube, Juvenal foi tão contestado.

Pelas costas, óbvio.

Mas contestado.

Conselheiros influentes e até pessoas nomeadas por ele acreditam que a hora para trocar o técnico é agora.

Pelo raciocínio delas, Juvenal espera apenas jogar a Libertadores no ralo para demitir Gomes.

Só que a relação entre eles se tornou muito próxima.

Em um ano que ele chegou ao Morumbi, Juvenal e Ricardo conversaram muito.

Se tornaram amigos.

Tanto que Ricardo Gomes está trabalhando sem contrato, apenas confiou na palavra do presidente.

E Juvenal garantiu, lhe deu a palavra que ficaria até o final da participação do São Paulo na Libertadores.

É o que está fazendo.

Os jogadores estão realmente solidários a ele.

A maneira gentil com que trata a todos faz de Ricardo Gomes uma pessoa muito aceita.

O problema é dentro do campo.

O São Paulo continua sem o menor padrão tático.

Não há uma equipe titular absoluta.

Desde o começo do ano, o técnico age como se estivesse na Europa.

Ele apostou que os jogadores não iriam estranhar esse revezamento incessante que promove.

Só que estranharam, não gostam, se irritam.

Mas reclamam apenas pelas costas, para os amigos.

Não querem comprar briga.

Os dirigentes se irritam porque acreditam que jogadores importantes não são cobrados.

Como Hernanes, Miranda, Dagoberto.

O time vive enorme instabilidade em 2010.

E ninguém reage.

Por isso, se lembraram de Dunga.

Seu nome está muito mais forte no Morumbi do que esteve em Honduras.

O status de contratar um ex-treinador da Seleção Brasileira estimula os dirigentes.

Não houve o convite.

Mas se depender de Leco, o perfil do novo treinador será muito diferente do bonzinho Ricardo Gomes.

Será bom Alex Escobar não pensar em visitar o São Paulo a partir de agosto...

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