Um tÃtulo que nunca havia sido conquistado jamais viria facilmente. Ainda mais para uma seleção que sempre teve a fama de fracassar na hora H. Amarelona? Não. Sua cor é vermelha. E o tÃtulo finalmente veio. Para a torcida da Espanha, pareceu que nunca viria. Noventa minutos que viraram 120. Ou melhor, 115, quando Iniesta estufou a rede e tirou da garganta um grito entalado há uma eternidade. Uma conquista com direito a 0 a 0 no tempo normal, 1 a 0 sobre a Holanda na prorrogação, desabafos, choro... A primeira Copa do Mundo na Ãfrica viu nascer o oitavo campeão da história. A partir deste domingo, a Espanha pode colocar uma estrela no peito e exibir para o planeta que amarela é a cor da taça na mão dos seus jogadores.
A história dessa nova campeã mundial não começou no Soccer City. No inÃcio tinha outro técnico, Luis Aragonés, e quase os mesmos jogadores. O time vencedor da Eurocopa de 2008 transformou a Espanha na seleção a ser batida. O treinador mudou, entrou Vicente del Bosque, e voltou a decepção: fracasso na Copa das Confederações, derrota na estreia do Mundial contra a SuÃça. Mas o time que melhor toca a bola no planeta deu a volta por cima. E termina 2010 no topo.
Para a Holanda, que já chegara à final em 1974 e 1978, fica a decepção de acumular seu terceiro vice-campeonato em Copas do Mundo. E, desta vez, após vencer todos os jogos das eliminatórias e da trajetória na Ãfrica do Sul.
As duas equipes começaram o jogo com as formações que venceram na semifinal. Assim, Fernando Torres continuou no banco da Espanha, e Pedro foi titular no ataque. E o artilheiro David Villa ficou preso entre os zagueiros, com pouca mobilidade. A Laranja contou com sua força máxima, do 1 a 11, com as estrelas Sneijder e Robben presentes.
A Fúria conseguiu ter mais posse de bola, do jeito que gosta, durante os primeiros 90 minutos: 57%. Mas não conseguiu marcar nos 12 chutes que teve, enquanto a Laranja tentou nove. Pela primeira vez desde 1994, quando o Brasil bateu a Itália nos pênaltis, a final terminou com 0 a 0 e foi para a prorrogação. Com o Soccer City lotado pela segunda vez no Mundial (84.490 torcedores, mesmo público da partida de abertura), Espanha e Holanda fizeram a final com o maior número de cartões amarelos da história: 13. Ainda teve um vermelho para Heitinga, na prorrogação.
Cinco cartões amarelos e poucas chances
Quem esperava o futebol arte se decepcionou nos primeiros 45 minutos. Sabe aquela Espanha que toca bem a bola e a Holanda fatal nos contra-ataques? Não entraram em campo. As duas seleções deram vez a uma faceta mais violenta, que ainda não haviam mostrado na Copa: foram cinco cartões amarelos, sendo que pelo menos um merecia a expulsão - Heitinga deu uma voadora no peito de Xabi Alonso.
A Fúria chegou à partida com 81% de aproveitamento em passes certos. Mas no primeiro tempo teve 75%, errando toques bobos. A Laranja foi bem pior: 55% de acerto. A primeira boa jogada foi espanhola. Sempre perigoso nas cobranças de falta, Xavi cobrou uma na cabeça de Sergio Ramos, que, da marca do pênalti, obrigou Stekelenburg a fazer grande defesa, aos quatro minutos. Aos sete, a Holanda deu o primeiro chute a gol com Kuyt, de fora da área, nas mãos de Casillas.
Pela direita, a Fúria conseguia bons ataques e quase marcou um golaço aos dez: Iniesta achou Sergio Ramos, que entrou na área, pedalou para cima de Kuyt e bateu cruzado, mas Heitinga tirou perto da linha. Um minuto depois, em novo cruzamento da direita, David Villa pegou de primeira de canhota e acertou a rede por fora, fazendo alguns torcedores até comemorarem.
A história dessa nova campeã mundial não começou no Soccer City. No inÃcio tinha outro técnico, Luis Aragonés, e quase os mesmos jogadores. O time vencedor da Eurocopa de 2008 transformou a Espanha na seleção a ser batida. O treinador mudou, entrou Vicente del Bosque, e voltou a decepção: fracasso na Copa das Confederações, derrota na estreia do Mundial contra a SuÃça. Mas o time que melhor toca a bola no planeta deu a volta por cima. E termina 2010 no topo.
Para a Holanda, que já chegara à final em 1974 e 1978, fica a decepção de acumular seu terceiro vice-campeonato em Copas do Mundo. E, desta vez, após vencer todos os jogos das eliminatórias e da trajetória na Ãfrica do Sul.
O goleiro e capitão Casillas ergue a taça ao lado de seus companheiros (Foto: Reuters)
As duas equipes começaram o jogo com as formações que venceram na semifinal. Assim, Fernando Torres continuou no banco da Espanha, e Pedro foi titular no ataque. E o artilheiro David Villa ficou preso entre os zagueiros, com pouca mobilidade. A Laranja contou com sua força máxima, do 1 a 11, com as estrelas Sneijder e Robben presentes.
A Fúria conseguiu ter mais posse de bola, do jeito que gosta, durante os primeiros 90 minutos: 57%. Mas não conseguiu marcar nos 12 chutes que teve, enquanto a Laranja tentou nove. Pela primeira vez desde 1994, quando o Brasil bateu a Itália nos pênaltis, a final terminou com 0 a 0 e foi para a prorrogação. Com o Soccer City lotado pela segunda vez no Mundial (84.490 torcedores, mesmo público da partida de abertura), Espanha e Holanda fizeram a final com o maior número de cartões amarelos da história: 13. Ainda teve um vermelho para Heitinga, na prorrogação.
Cinco cartões amarelos e poucas chances
Quem esperava o futebol arte se decepcionou nos primeiros 45 minutos. Sabe aquela Espanha que toca bem a bola e a Holanda fatal nos contra-ataques? Não entraram em campo. As duas seleções deram vez a uma faceta mais violenta, que ainda não haviam mostrado na Copa: foram cinco cartões amarelos, sendo que pelo menos um merecia a expulsão - Heitinga deu uma voadora no peito de Xabi Alonso.
A Fúria chegou à partida com 81% de aproveitamento em passes certos. Mas no primeiro tempo teve 75%, errando toques bobos. A Laranja foi bem pior: 55% de acerto. A primeira boa jogada foi espanhola. Sempre perigoso nas cobranças de falta, Xavi cobrou uma na cabeça de Sergio Ramos, que, da marca do pênalti, obrigou Stekelenburg a fazer grande defesa, aos quatro minutos. Aos sete, a Holanda deu o primeiro chute a gol com Kuyt, de fora da área, nas mãos de Casillas.
Pela direita, a Fúria conseguia bons ataques e quase marcou um golaço aos dez: Iniesta achou Sergio Ramos, que entrou na área, pedalou para cima de Kuyt e bateu cruzado, mas Heitinga tirou perto da linha. Um minuto depois, em novo cruzamento da direita, David Villa pegou de primeira de canhota e acertou a rede por fora, fazendo alguns torcedores até comemorarem.
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