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Manifestação do São Paulo Futebol Clube em relação ao Comunicado da FIFA/LOC publicado no site

O Estádio Cícero Pompeu de Toledo ("Estádio do Morumbi") foi indicado pelo Governo e pela Prefeitura de São Paulo para ser a sede da Cidade na Copa do Mundo de 2014 por ser o grande palco dos maiores eventos esportivos e culturais realizados neste que é o maior Estado da Nação. Sendo, ainda, um Estádio pertencente a um Clube esportivo e social, e que, por isso, atende à anteriormente propalada prioridade para investimentos privados na construção e reforma de arenas, conforme se anunciou quando da escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014. Um Estádio utilizado em mais de cinqüenta eventos por ano e localizado num ponto da Cidade de São Paulo com significativa oferta de transporte, especialmente considerando a chegada do Metrô prevista para 2012, rede hoteleira, hospitais, centros de comércio, cultura e serviços em geral, além da proximidade com o Aeroporto de Congonhas.


A decisão tomada pela FIFA/LOC surpreendeu a todos porque, inusitadamente, foi anunciada no momento em que as atenções da comunidade esportiva estão voltadas para a Copa do Mundo de 2010, como se numa tentativa de se esconder o ato sob a sombra dos holofotes focados no maior evento esportivo do Planeta. E, também, porque se deu de forma absolutamente arbitrária, num momento em que o São Paulo tinha acabado de apresentar um projeto de reforma do Estádio do Morumbi absolutamente aderente às exigências da FIFA, suportado por um Plano de Viabilidade Financeira ratificado pelo Comitê Paulista e apoiado em seguras garantias oferecidas pela iniciativa privada.


Vale lembrar que os investimentos públicos programados para serem implementados no entorno do Estádio do Morumbi se reverteriam em legado em favor da População, na região na qual está instalado o São Paulo FC, um Clube constituído sob a forma de associação e que, portanto, não tem o objetivo de gerar lucro em favor de particulares, tendo suas receitas reinvestidas para o fomento das suas atividades esportivas e sociais. Completamente diferente seria a hipótese na qual o Poder Público viesse a realizar investimentos voltados a prover infraestrutura com a finalidade de agregar valor a uma arena administrada como um "negócio", gerenciado com a finalidade principal de gerar lucro em favor de "empreendedores" particulares.


Nesse momento, cabe ao São Paulo reafirmar que o Estádio do Morumbi continuará a ser modernizado, com os investimentos oriundos de contratos já celebrados com a iniciativa privada, com empresas cujo interesse em expor suas marcas no Estádio do Morumbi nunca esteve condicionada à realização da Copa do Mundo. Até porque, durante a competição, a exposição de marcas fica bastante limitada. Os esportistas e a população de São Paulo e do Brasil podem ficar seguros de que continuarão a ter no Estádio do Morumbi o palco dos maiores eventos esportivos e dos grandes shows.


É o momento de confirmar, também, que o São Paulo não vai mudar em nada sua postura de absoluta independência em relação às demais entidades esportivas e governamentais com quem se relaciona. Nesse ponto, não há possibilidade de transigir, por uma questão de respeito para com o seu torcedor, para com as próprias entidades e para com o Desporto Brasileiro como um todo.

Até porque, não a outro fator o São Paulo atribui as incontáveis manifestações de apóio que o Estádio do Morumbi recebeu desde o início desse processo. Logo após o anúncio da decisão da FIFA/LOC, a Imprensa cumpriu seu papel de forma irretocável, ao produzir um sem número de comentários, na TV, no rádio, nos sites, nos blogs, ressoando o sentimento cristalizado na opinião pública que compreendeu a proposta do São Paulo de oferecer à Cidade o Estádio do Morumbi enquanto uma alternativa viável e responsável para servir aos propósitos da Copa do Mundo do Brasil.


Diante dessas manifestações, o São Paulo não tem outra postura a tomar senão reafirmar que continua de portas abertas para receber, no Estádio do Morumbi, a Copa do Mundo de 2014 e fazer dela um evento digno da sua importância e da imagem que o Brasil e a Cidade de São Paulo pretendem transmitir ao Mundo como o maior legado que a realização de tão grandioso evento representará.

Neste momento, resta ao São Paulo aguardar pelas decisões a serem tomadas pelos agentes responsáveis pela condução desse processo. Aguardar e estar absolutamente atento e vigilante a tudo que possa vir a representar afronta aos seus interesses. A Justiça é filha do Tempo. O Tempo é o Senhor da Razão. O Tempo dirá. E nós também.


JUVENAL JUVÊNCIO

PRESIDENTE

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