A quatro anos da Copa do Mundo de 2014, os estádios ainda não receberam um operário, um saco de cimento, nem parece que o Mundial será no Brasil. Motivo de preocupação? Não para o presidente Lula, que acredita que tudo estará pronto “na hora certaâ€.
Ele também não se preocupa com a onda de pessimismo em torno da Seleção. Lula acredita no tÃtulo, em Kaká, em Dunga e aposta que Robinho vai arrebentar. O presidente respondeu à s seguintes perguntas do LANCENET!.
Por que o senhor acha que o Brasil será campeão na Ãfrica?
Se você pegar a história das Copas, vai ver que três paÃses – Brasil, Alemanha e Itália – têm 12 tÃtulos, 60% dos tÃtulos, enquanto outros quatro paÃses (Argentina, Uruguai, Inglaterra e França) conquistaram os outros seis. Ou seja, sempre existe uma grande probabilidade de o Brasil estar numa final de Copa e de ganhar. Além disso, quem é melhor que a gente hoje?
Como o senhor avalia algumas seleções que são apontadas como favoritas, como a eterna rival Argentina e a Espanha?
A Espanha, de quem falam muito, o Zapatero (primeiro-ministro) diz que é “el mejor time del mundoâ€, eu vi jogar e não achei nenhuma sumidade. A Argentina tem o Messi, nos enche os olhos, mas nós a vencemos na Copa América e depois nas Eliminatórias em Rosário. Eu acho que o Dunga montou uma grande Seleção, um time coeso, que você pode achar que faltou um jogador ou outro, mas que é um time que obedece taticamente o técnico e que tem resultado para mostrar. Então, eu estou bastante otimista e vou torcer muito pela seleção.
Na última Copa, o senhor criticou a forma fÃsica do Ronaldo. Como analisa hoje o Kaká, que é considerado o craque desta Seleção?
O Kaká é um jogador extremamente importante para o Brasil. Tem equilÃbrio psicológico, tem objetividade, quando ele pega a bola você vê que ele corre para o gol, então, eu acho que ele pode ser o grande lÃder da Seleção na Copa. Eu já vi momentos exuberantes do Kaká no Milan, em que ele decidiu o jogo, e eu acho que é esse Kaká que vai estar na Copa. Ele sabe que, possivelmente, seja a última Copa dele, e, certamente, ele, que vem de uma recuperação, vai dar aquilo que tem de melhor. Eu tenho muita fé no Kaká como uma das marcas da Seleção Brasileira.
Além do Kaká, quem mais o senhor acredita que pode fazer a diferença para o Brasil?
Eu acho que o grande jogador do Brasil na Copa vai ser o Robinho. Quando a Seleção se encontrou comigo antes de embarcar para a Ãfrica do Sul, eu senti no Robinho uma alegria, eu vi no rosto dele que ele está feliz, depois eu vi algumas entrevistas dele também, então, eu acredito que essa vai ser a Copa do Robinho.
O senhor votaria no Dunga para algum cargo polÃtico? Ele tem adotado um estilo introvertido e de ataque à imprensa. O senhor também sofreu muita pressão da mÃdia durante o mandato.
Eu acho que o Dunga fez uma coisa muito importante, ao trazer os jogadores para o Brasil antes de a Seleção ir para a Ãfrica do Sul, para que os jogadores respirassem um pouco do ar do Brasil, sentissem um pouco das pessoas que estão aqui torcendo pela Seleção. Em 2006, todo mundo só ficou na Europa, e eu acho que isso contribuiu para a derrota. E quando saiu de Curitiba a caminho da Copa, a Seleção passou em BrasÃlia, e a imprensa até disse que houve um mal estar do Dunga comigo, que ele não teria sido simpático. Mas, veja, o Dunga é daquele jeito, e nós tivemos um encontro e uma conversa que eu achei normal.
O senhor acredita que o técnico Dunga, que foi o capitão do tetra, pode levar o Brasil ao sexto tÃtulo mundial?
Ele tem uma história de vida que a gente precisa lembrar. O Dunga foi queimado muito novo, foi considerado o sÃmbolo do fracasso da “era Lazaroni†na Copa de 90. Depois, deu a volta por cima e, em 94, virou capitão da Seleção e ergueu a taça de campeão do mundo. Ou seja, ele tem na vida pessoal dele uma história de vitória. Eu não gosto de fazer juÃzo de valor sobre as pessoas, mas eu acho que o Dunga tem pontos mais positivos do que o contrário, ele ganhou muito mais do que outros técnicos famosos.
Diante dos muitos problemas enfrentados na reforma e construção de estádios, além das deficiências de infraestrutura, como a questão dos aeroportos, o senhor acredita que o Brasil poderá organizar uma Copa melhor do que a da Ãfrica do Sul?
O Brasil realizou uma Copa do Mundo há 60 anos, em 1950, quando a realidade do paÃs era outra, o nosso desenvolvimento era outro. Hoje, nossas condições são melhores, estamos mais preparados como nação, e até 2014 estaremos ainda mais. Por isso, eu estou convencido de que o Brasil vai fazer uma Copa do Mundo excepcional e que terá a cara do Brasil, os estádios terão a cara do Brasil e o torcedor será recebido com a cordialidade que só brasileiro oferece.
Como o governo federal pode ajudar na organização da Copa?
O governo federal está trabalhando para garantir uma grande Copa. Nós vamos investir mais de R$ 11 bilhões em metrô e corredores de ônibus, em contratos que serão assinados até o fim do ano. No PAC 1 e no PAC 2, separamos mais de R$ 5 bilhões para modernizar e ampliar os aeroportos das cidades que vão receber as partidas. Abrimos uma linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 2 bilhões para a rede hoteleira se aperfeiçoar. O BNDES tem ainda R$ 3,6 bilhões em financiamento para reconstrução dos estádios.
Há uma grande preocupação pelo controle dos gastos públicos na Copa. Como isso será feito?
Estes investimentos, todo cidadão que quiser acompanhar vai poder, porque eu assinei dois decretos dando total transparência dentro do nosso Portal da Transparência, da Controladoria Geral da União. Agora, a realização da Copa do Mundo não é de responsabilidade apenas do governo federal. Por isso, firmamos um pacto federativo com estados, municÃpios e instituições públicas e privadas das 12 cidades-sede, para que cada assuma a responsabilidade pela parte que lhe cabe. Ou seja, não vamos repetir aquela situação dos Jogos Pan-Americanos, em que o governo federal teve que assumir praticamente todos os investimentos porque o governo do estado e a prefeitura, na última hora, alegaram não ter o dinheiro.
A própria Fifa criticou o atraso nas obras no Brasil, principalmente dos estádios. Elas ficarão prontas a tempo?
Esse pacto entre os governos federal, estadual e municipal vai permitir que as obras estejam prontas na hora certa. Tenho conversado com o ministro do Esporte, Orlando Silva, com o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e posso assegurar que as obras e ações referentes à Copa de 2014 não estão atrasadas. A Copa do Mundo da Ãfrica do Sul mal começou e já estão cobrando os estádios do Brasil!
O ministro do Esporte, Orlando Silva, disse que o governo de São Paulo deveria ajudar o São Paulo F.C. a tentar conseguir as garantias bancárias que viabilizem a reforma do Morumbi. O governo federal poderia dar essas garantias bancárias?
Esse é um tipo de atitude que não cabe ao governo federal. Veja, a Copa é um evento privado e, por isso, os projetos e obras necessários para que os estádios atendam às exigências da Fifa dependem de uma relação direta dos administradores dos estádios, que na maioria dos casos são estados e prefeituras, com a própria Fifa. A parte do governo federal em relação aos estádios será apenas financiamento do BNDES.
Ele também não se preocupa com a onda de pessimismo em torno da Seleção. Lula acredita no tÃtulo, em Kaká, em Dunga e aposta que Robinho vai arrebentar. O presidente respondeu à s seguintes perguntas do LANCENET!.
Por que o senhor acha que o Brasil será campeão na Ãfrica?
Se você pegar a história das Copas, vai ver que três paÃses – Brasil, Alemanha e Itália – têm 12 tÃtulos, 60% dos tÃtulos, enquanto outros quatro paÃses (Argentina, Uruguai, Inglaterra e França) conquistaram os outros seis. Ou seja, sempre existe uma grande probabilidade de o Brasil estar numa final de Copa e de ganhar. Além disso, quem é melhor que a gente hoje?
Como o senhor avalia algumas seleções que são apontadas como favoritas, como a eterna rival Argentina e a Espanha?
A Espanha, de quem falam muito, o Zapatero (primeiro-ministro) diz que é “el mejor time del mundoâ€, eu vi jogar e não achei nenhuma sumidade. A Argentina tem o Messi, nos enche os olhos, mas nós a vencemos na Copa América e depois nas Eliminatórias em Rosário. Eu acho que o Dunga montou uma grande Seleção, um time coeso, que você pode achar que faltou um jogador ou outro, mas que é um time que obedece taticamente o técnico e que tem resultado para mostrar. Então, eu estou bastante otimista e vou torcer muito pela seleção.
Na última Copa, o senhor criticou a forma fÃsica do Ronaldo. Como analisa hoje o Kaká, que é considerado o craque desta Seleção?
O Kaká é um jogador extremamente importante para o Brasil. Tem equilÃbrio psicológico, tem objetividade, quando ele pega a bola você vê que ele corre para o gol, então, eu acho que ele pode ser o grande lÃder da Seleção na Copa. Eu já vi momentos exuberantes do Kaká no Milan, em que ele decidiu o jogo, e eu acho que é esse Kaká que vai estar na Copa. Ele sabe que, possivelmente, seja a última Copa dele, e, certamente, ele, que vem de uma recuperação, vai dar aquilo que tem de melhor. Eu tenho muita fé no Kaká como uma das marcas da Seleção Brasileira.
Além do Kaká, quem mais o senhor acredita que pode fazer a diferença para o Brasil?
Eu acho que o grande jogador do Brasil na Copa vai ser o Robinho. Quando a Seleção se encontrou comigo antes de embarcar para a Ãfrica do Sul, eu senti no Robinho uma alegria, eu vi no rosto dele que ele está feliz, depois eu vi algumas entrevistas dele também, então, eu acredito que essa vai ser a Copa do Robinho.
O senhor votaria no Dunga para algum cargo polÃtico? Ele tem adotado um estilo introvertido e de ataque à imprensa. O senhor também sofreu muita pressão da mÃdia durante o mandato.
Eu acho que o Dunga fez uma coisa muito importante, ao trazer os jogadores para o Brasil antes de a Seleção ir para a Ãfrica do Sul, para que os jogadores respirassem um pouco do ar do Brasil, sentissem um pouco das pessoas que estão aqui torcendo pela Seleção. Em 2006, todo mundo só ficou na Europa, e eu acho que isso contribuiu para a derrota. E quando saiu de Curitiba a caminho da Copa, a Seleção passou em BrasÃlia, e a imprensa até disse que houve um mal estar do Dunga comigo, que ele não teria sido simpático. Mas, veja, o Dunga é daquele jeito, e nós tivemos um encontro e uma conversa que eu achei normal.
O senhor acredita que o técnico Dunga, que foi o capitão do tetra, pode levar o Brasil ao sexto tÃtulo mundial?
Ele tem uma história de vida que a gente precisa lembrar. O Dunga foi queimado muito novo, foi considerado o sÃmbolo do fracasso da “era Lazaroni†na Copa de 90. Depois, deu a volta por cima e, em 94, virou capitão da Seleção e ergueu a taça de campeão do mundo. Ou seja, ele tem na vida pessoal dele uma história de vitória. Eu não gosto de fazer juÃzo de valor sobre as pessoas, mas eu acho que o Dunga tem pontos mais positivos do que o contrário, ele ganhou muito mais do que outros técnicos famosos.
Diante dos muitos problemas enfrentados na reforma e construção de estádios, além das deficiências de infraestrutura, como a questão dos aeroportos, o senhor acredita que o Brasil poderá organizar uma Copa melhor do que a da Ãfrica do Sul?
O Brasil realizou uma Copa do Mundo há 60 anos, em 1950, quando a realidade do paÃs era outra, o nosso desenvolvimento era outro. Hoje, nossas condições são melhores, estamos mais preparados como nação, e até 2014 estaremos ainda mais. Por isso, eu estou convencido de que o Brasil vai fazer uma Copa do Mundo excepcional e que terá a cara do Brasil, os estádios terão a cara do Brasil e o torcedor será recebido com a cordialidade que só brasileiro oferece.
Como o governo federal pode ajudar na organização da Copa?
O governo federal está trabalhando para garantir uma grande Copa. Nós vamos investir mais de R$ 11 bilhões em metrô e corredores de ônibus, em contratos que serão assinados até o fim do ano. No PAC 1 e no PAC 2, separamos mais de R$ 5 bilhões para modernizar e ampliar os aeroportos das cidades que vão receber as partidas. Abrimos uma linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de R$ 2 bilhões para a rede hoteleira se aperfeiçoar. O BNDES tem ainda R$ 3,6 bilhões em financiamento para reconstrução dos estádios.
Há uma grande preocupação pelo controle dos gastos públicos na Copa. Como isso será feito?
Estes investimentos, todo cidadão que quiser acompanhar vai poder, porque eu assinei dois decretos dando total transparência dentro do nosso Portal da Transparência, da Controladoria Geral da União. Agora, a realização da Copa do Mundo não é de responsabilidade apenas do governo federal. Por isso, firmamos um pacto federativo com estados, municÃpios e instituições públicas e privadas das 12 cidades-sede, para que cada assuma a responsabilidade pela parte que lhe cabe. Ou seja, não vamos repetir aquela situação dos Jogos Pan-Americanos, em que o governo federal teve que assumir praticamente todos os investimentos porque o governo do estado e a prefeitura, na última hora, alegaram não ter o dinheiro.
A própria Fifa criticou o atraso nas obras no Brasil, principalmente dos estádios. Elas ficarão prontas a tempo?
Esse pacto entre os governos federal, estadual e municipal vai permitir que as obras estejam prontas na hora certa. Tenho conversado com o ministro do Esporte, Orlando Silva, com o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e posso assegurar que as obras e ações referentes à Copa de 2014 não estão atrasadas. A Copa do Mundo da Ãfrica do Sul mal começou e já estão cobrando os estádios do Brasil!
O ministro do Esporte, Orlando Silva, disse que o governo de São Paulo deveria ajudar o São Paulo F.C. a tentar conseguir as garantias bancárias que viabilizem a reforma do Morumbi. O governo federal poderia dar essas garantias bancárias?
Esse é um tipo de atitude que não cabe ao governo federal. Veja, a Copa é um evento privado e, por isso, os projetos e obras necessários para que os estádios atendam às exigências da Fifa dependem de uma relação direta dos administradores dos estádios, que na maioria dos casos são estados e prefeituras, com a própria Fifa. A parte do governo federal em relação aos estádios será apenas financiamento do BNDES.
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