Na Ãfrica do Sul, o ministro do Esporte brasileiro, Orlando Silva Jr., lavou as mãos sobre a polêmica do estádio do Morumbi na Copa do Mundo de 2014, a segunda da história em solo nacional.
O estádio são-paulino, ameaçado de ficar fora do Mundial, não é um problema do governo federal. À Folha Silva Jr. disse que a arena é um problema da cidade, contou que a ajuda do governo federal já chegou ao limite e frisou que a fase de apresentar projetos, como pretende fazer o São Paulo, terminou. (EDUARDO ARRUDA E PAULO COBOS)
Folha - A Copa dar certo na Ãfrica do Sul significa um peso maior para o Brasil?
Orlando Silva Jr. - Não. Pelo contrário. Dar certo, para nós, é muito bom. Pensando no Brasil como um paÃs emergente, que até pouco tempo poucos acreditavam na capacidade de realizar grandes eventos. Serve de estÃmulo para aprendermos com o que eles fizeram de bom.
Como será isso?
Já temos equipes aqui instaladas para acompanhar a operação de segurança, estádios. Nós teremos encontros com autoridades locais para saber sobre a proteção de marcas e patentes.
Ano de eleição atrapalha?
O que tem de limite na eleição é que, a partir de 3 julho, há um impedimento para haver repasses de recursos do governo federal. Mas vamos mandar rápido, até 3 de julho, para contratar o que temos de contratar.
E se a oposição ganhar?
Não há problema. Hoje vivemos uma democracia madura. Nenhuma alternância de poder vai gerar instabilidade na preparação da Copa.
O que pode ser dito sobre a nova polêmica do Morumbi?
Pensava em não falar mais disso. Quando vim para cá, fiz escala em Angola. Um corintiano e um palmeirense me abordaram: "Pô, ministro, o senhor só fala do Morumbi, só fala do seu time". Meu time é o Vitória, não tenho nada com o São Paulo.
Mas de quem é o problema?
O Morumbi não é um problema do São Paulo. É do governo estadual e do municÃpio. O Juvenal [Juvêncio, presidente do São Paulo] me disse que teria condições de fazer a obra. Eu disse a ele: "Que bom, pois o que o comitê organizador espera é que eles apresentem a viabilidade financeira agora".
Como é que o São Paulo, depois de cinco projetos, ganha aprovação e agora diz que não tem dinheiro para fazer?
Esse é um problema que São Paulo tem de responder. Na visita in loco aos estádios, ficou acordado que todos cumpririam as modificações. A fase de projetos já chegou ao fim. A expectativa agora é que as cidades agora os tirem do papel. Tudo diferente disso vai me surpreender.
O senhor vê a Copa de 2014 sem São Paulo?
Espero que São Paulo tenha na Copa do Mundo o protagonismo que merece, como maior cidade do Brasil, principal entrada de voos no paÃs, maior rede hoteleira e melhor prestadora de serviços. Mas que tenha a capacidade financeira também.
Mas o governo federal não vai socorrer dando dinheiro para o estádio?
Não está nos nossos horizontes. E, para nós, as 12 cidades são iguais. Nós sabemos que São Paulo tem facilidades. Mas, ainda que haja aeroportos, rede hoteleira e serviços, nós sabemos que, numa Copa, o que define o nÃvel de participação de uma cidade é o estádio.
Mas com o São Paulo dizendo que não irá bancar o projeto para a abertura, o que resta?
O que eu posso dizer é que uma cidade só ganha com esses eventos. É uma oportunidade para a cidade.
Falando mais claro: São Paulo não terá do governo federal mais do que os R$ 400 milhões do BNDES?
Esse é o ponto limite, pois já há outros compromissos assumidos pelo governo federal. Não existe justificativa para que haja financiamento de estádio com dinheiro do Orçamento.
É possÃvel reduzir o número de sedes?
A Fifa foi muito positiva com o Brasil. Há uma desigualdade entre as sedes. Umas têm dificuldades maiores do que outras. Mas têm tempo para resolver tudo. Teremos de andar mais rápido, acelerar mais.
O que o presidente Lula fala?
Ele chega a avançar e [dizer] que, na opinião dele, a abertura tem que ser em São Paulo. Mas não depende dele construir ou reformar um estádio na cidade.
O senhor conhece o projeto de Pirituba?
Tem uma música do Zeca Pagodinho que fala sobre o caviar: "Você sabe o que é caviar, mas nunca comi, nunca vi, só ouvi falar".
O estádio são-paulino, ameaçado de ficar fora do Mundial, não é um problema do governo federal. À Folha Silva Jr. disse que a arena é um problema da cidade, contou que a ajuda do governo federal já chegou ao limite e frisou que a fase de apresentar projetos, como pretende fazer o São Paulo, terminou. (EDUARDO ARRUDA E PAULO COBOS)
Folha - A Copa dar certo na Ãfrica do Sul significa um peso maior para o Brasil?
Orlando Silva Jr. - Não. Pelo contrário. Dar certo, para nós, é muito bom. Pensando no Brasil como um paÃs emergente, que até pouco tempo poucos acreditavam na capacidade de realizar grandes eventos. Serve de estÃmulo para aprendermos com o que eles fizeram de bom.
Como será isso?
Já temos equipes aqui instaladas para acompanhar a operação de segurança, estádios. Nós teremos encontros com autoridades locais para saber sobre a proteção de marcas e patentes.
Ano de eleição atrapalha?
O que tem de limite na eleição é que, a partir de 3 julho, há um impedimento para haver repasses de recursos do governo federal. Mas vamos mandar rápido, até 3 de julho, para contratar o que temos de contratar.
E se a oposição ganhar?
Não há problema. Hoje vivemos uma democracia madura. Nenhuma alternância de poder vai gerar instabilidade na preparação da Copa.
O que pode ser dito sobre a nova polêmica do Morumbi?
Pensava em não falar mais disso. Quando vim para cá, fiz escala em Angola. Um corintiano e um palmeirense me abordaram: "Pô, ministro, o senhor só fala do Morumbi, só fala do seu time". Meu time é o Vitória, não tenho nada com o São Paulo.
Mas de quem é o problema?
O Morumbi não é um problema do São Paulo. É do governo estadual e do municÃpio. O Juvenal [Juvêncio, presidente do São Paulo] me disse que teria condições de fazer a obra. Eu disse a ele: "Que bom, pois o que o comitê organizador espera é que eles apresentem a viabilidade financeira agora".
Como é que o São Paulo, depois de cinco projetos, ganha aprovação e agora diz que não tem dinheiro para fazer?
Esse é um problema que São Paulo tem de responder. Na visita in loco aos estádios, ficou acordado que todos cumpririam as modificações. A fase de projetos já chegou ao fim. A expectativa agora é que as cidades agora os tirem do papel. Tudo diferente disso vai me surpreender.
O senhor vê a Copa de 2014 sem São Paulo?
Espero que São Paulo tenha na Copa do Mundo o protagonismo que merece, como maior cidade do Brasil, principal entrada de voos no paÃs, maior rede hoteleira e melhor prestadora de serviços. Mas que tenha a capacidade financeira também.
Mas o governo federal não vai socorrer dando dinheiro para o estádio?
Não está nos nossos horizontes. E, para nós, as 12 cidades são iguais. Nós sabemos que São Paulo tem facilidades. Mas, ainda que haja aeroportos, rede hoteleira e serviços, nós sabemos que, numa Copa, o que define o nÃvel de participação de uma cidade é o estádio.
Mas com o São Paulo dizendo que não irá bancar o projeto para a abertura, o que resta?
O que eu posso dizer é que uma cidade só ganha com esses eventos. É uma oportunidade para a cidade.
Falando mais claro: São Paulo não terá do governo federal mais do que os R$ 400 milhões do BNDES?
Esse é o ponto limite, pois já há outros compromissos assumidos pelo governo federal. Não existe justificativa para que haja financiamento de estádio com dinheiro do Orçamento.
É possÃvel reduzir o número de sedes?
A Fifa foi muito positiva com o Brasil. Há uma desigualdade entre as sedes. Umas têm dificuldades maiores do que outras. Mas têm tempo para resolver tudo. Teremos de andar mais rápido, acelerar mais.
O que o presidente Lula fala?
Ele chega a avançar e [dizer] que, na opinião dele, a abertura tem que ser em São Paulo. Mas não depende dele construir ou reformar um estádio na cidade.
O senhor conhece o projeto de Pirituba?
Tem uma música do Zeca Pagodinho que fala sobre o caviar: "Você sabe o que é caviar, mas nunca comi, nunca vi, só ouvi falar".
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