Evolução do tricolor é muito mais que Fernandão
por Margones
Tenho visto na impensa tentativas de jornalistas entenderem porque, em menos de um mês, o São Paulo saiu de um time quase eliminado da Libertadores pelo fraco Nacional da Colômbia para um dos favoritos ao mais difÃcil tÃtulo do futebol nas Américas. Todos atribuem essa evolução à entrada de Fernandão. Exagero completo: na verdade, o crescimento do time se deveu a mudanças em todos os setores do time, meio-campo, defesa e ataque, que ocorreram pouco antes ou paralelamente à chegada de Fernandão.
No último mês, o técnico Ricardo Gomes tomou decisões que vinha ensaiando fazia tempos. Primeiro, fixou Marlos como um dos meias avançados, interrompendo testes nesse setor -- com Cléber Santana, Leo Lima e Hernanes. Com Marlos escalado, Hernanes (o mais testado nessa posição) voltou a jogar como segundo volante, como prefere. Ali, voltou a jogar bem, aparecendo nos três últimos jogos como um "quarto atacante", que vem detrás para tabelar, armar jogadas e fazer gols.
Ao mesmo tempo, Gomes parou o rozÃdio no lado esquerdo. Depois de testar Richarlyson e Jorge Wagner, sem sucesso, o técnico decidiu finalmente manter Júnior César no setor. Ocorre que J. César, por ofensivo, não é bom marcador. Para suprir essa deficiência, Gomes desistiu de seu fracassado esquema com apenas dois zagueiros, fixando Richarlyson no lado esquerdo da zaga, para cobrir as subidas de Júnior César. Com três zagueiros, a defesa tricolor ficou mais compacta e César mais livre para apoiar o ataque.
Por fim, a entrada de Fernandão. Como sabemos, um dos problemas do ataque são-paulino era a lentidão e a limitação técnica de Washington, um centro-avante oportunista, mas que não consegue se livrar de marcações mais cerradas e joga com a cabeça baixa. Com ele, o São Paulo perdia muitas jogadas de ataque, pois W9 tem dificuldades de jogar fora da área e sob marcação. Fernandão, ao contrário, não fica fixo, busca o jogo coletivo, tabela e se movimenta com mais facilidade, dificultando a marcação adversária e abrindo espaços para a penetração de outros companheiros, vindos de trás -- como Dagoberto, Marlos e Hernanes.
Ricardo Gomes demorou muito para acertar o time, mas suas mudanças e a chegada de Fernandão fazem são-paulinos mais exigentes, como eu, voltarem a sonhar alto neste ano.
por Margones
Tenho visto na impensa tentativas de jornalistas entenderem porque, em menos de um mês, o São Paulo saiu de um time quase eliminado da Libertadores pelo fraco Nacional da Colômbia para um dos favoritos ao mais difÃcil tÃtulo do futebol nas Américas. Todos atribuem essa evolução à entrada de Fernandão. Exagero completo: na verdade, o crescimento do time se deveu a mudanças em todos os setores do time, meio-campo, defesa e ataque, que ocorreram pouco antes ou paralelamente à chegada de Fernandão.
No último mês, o técnico Ricardo Gomes tomou decisões que vinha ensaiando fazia tempos. Primeiro, fixou Marlos como um dos meias avançados, interrompendo testes nesse setor -- com Cléber Santana, Leo Lima e Hernanes. Com Marlos escalado, Hernanes (o mais testado nessa posição) voltou a jogar como segundo volante, como prefere. Ali, voltou a jogar bem, aparecendo nos três últimos jogos como um "quarto atacante", que vem detrás para tabelar, armar jogadas e fazer gols.
Ao mesmo tempo, Gomes parou o rozÃdio no lado esquerdo. Depois de testar Richarlyson e Jorge Wagner, sem sucesso, o técnico decidiu finalmente manter Júnior César no setor. Ocorre que J. César, por ofensivo, não é bom marcador. Para suprir essa deficiência, Gomes desistiu de seu fracassado esquema com apenas dois zagueiros, fixando Richarlyson no lado esquerdo da zaga, para cobrir as subidas de Júnior César. Com três zagueiros, a defesa tricolor ficou mais compacta e César mais livre para apoiar o ataque.
Por fim, a entrada de Fernandão. Como sabemos, um dos problemas do ataque são-paulino era a lentidão e a limitação técnica de Washington, um centro-avante oportunista, mas que não consegue se livrar de marcações mais cerradas e joga com a cabeça baixa. Com ele, o São Paulo perdia muitas jogadas de ataque, pois W9 tem dificuldades de jogar fora da área e sob marcação. Fernandão, ao contrário, não fica fixo, busca o jogo coletivo, tabela e se movimenta com mais facilidade, dificultando a marcação adversária e abrindo espaços para a penetração de outros companheiros, vindos de trás -- como Dagoberto, Marlos e Hernanes.
Ricardo Gomes demorou muito para acertar o time, mas suas mudanças e a chegada de Fernandão fazem são-paulinos mais exigentes, como eu, voltarem a sonhar alto neste ano.
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