O técnico Ricardo Gomes bem que se esforçou para implantar o esquema 4-4-2 no São Paulo, mas, assim como seus antecessores Muricy Ramalho e Paulo Autuori, desistiu e voltou ao esquema com três zagueiros. Jogador mais experiente do elenco tricolor, o goleiro Rogério Ceni aprovou a opção do treinador e lembrou que a tática beneficia o que tem de melhor no grupo são-paulino.

Desde 2005, jogamos com três zagueiros e estamos conseguindo resultados. Trata-se de um esquema que já é exceção. Na Europa, é raríssimo. No Brasil, a maioria adota o 4-4-2. Mas, na vida, você tem que pensar em quem são seus melhores jogadores. Se possui três grandes zagueiros, que saem também para o jogo, pode escolher o 3-5-2. Se tem dois meias fantásticos, tem de colocar o 4-4-2", afirmou o goleiro.

Ricardo Gomes encontrou o equilíbrio do time com Alex Silva, Miranda e o volante improvisado Richarlyson na defesa. Quando há o desfalque de um dos três, Xandão assume a vaga.

"O São Paulo é coeso, mas nossos meias são ex-volantes. Não temos o 10 que pensa o jogo. Quem faz isso é o Marlos, que é um atacante que recua e busca jogo. Por isso, o Ricardo está sendo inteligente. Se temos mais zagueiros do que meias, ele privilegia a posição em que tem qualidade maior", completou.

No clássico da noite de quarta-feira, diante do Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro, Ricardo Gomes deve manter o Tricolor com três zagueiros. Assim, o time atuará no Morumbi com Rogério Ceni; Alex Silva, Xandão e Richarlyson; Cicinho, Jean, Hernanes, Marlos e Junior Cesar; Dagoberto e Fernandão.

Os desfalques são Miranda e Rodrigo Souto, entregues ao departamento médico por conta de problemas na panturrilha.