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No Mineirão, Cicinho tem boas lembranças

Jogador havia feito dez jogos quando estreou com gol no estádio

Desde os primeiros passos, Cicinho sonhava ser jogador de futebol. Mas a certeza do caminho a ser seguido surgiu só em 2001. Naquele dia 3 de março, o lateral-direito estreou no Atlético-MG improvisado no meio e com o tímido histórico de só dez partidas como profissional.

O palco era o Mineirão. O adversário, o Cruzeiro. Dia inesquecível para Cicinho, autor do gol do empate por 1 a 1 no clássico mineiro.

Nesta quarta-feira, com a experiência de campeão do mundo, da Libertadores, de ter jogado no Real Madrid (ESP) e disputado uma Copa do Mundo, Cicinho volta ao Mineirão às 21h50 para o primeiro jogo das quartas de final da Libertadores contra o mesmo Cruzeiro (acompanhe em tempo real pelo LANCENET!). Tranquilo?

– Não tem nada de tranquilo. Desde que acabou o jogo contra o Flamengo já há aquele frio na barriga. É o São Paulo, muita cobrança, o Brasil inteiro assistindo. Independentemente de tudo que já disputei, a tensão é a mesma – disse o camisa 23.

Quando chegou ao Atlético, há mais de nove anos, Cicinho havia atuado pouco pelo Botafogo-SP, e sempre em estádios acanhados. Na véspera do clássico, o então técnico Abel Braga optou por preservar os titulares para uma partida da Copa Sul-Minas e revelou a Cicinho que ele jogaria improvisado no meio.

Foram quase 24 horas de dor na barriga, nervosismo e conversas com os pais, Cláudio e Dirce, que em Pradópolis, cidade onde nasceu o lateral, no interior paulista, também aderiram à ansiedade da cria.

– Liguei e falei para eles assistirem ao jogo contra o Cruzeiro, que eu iria estrear. Eles nem acreditaram.

Cicinho também não acreditou quando surgiu do vestiário e viu as torcidas lotando as arquibancadas.

– Meu Deus, o que eu estou fazendo aqui? Eu só pensava nisso...

O jogador descobriu rapidamente qual era sua função naquela tarde (garantir o pontinho do Galo) e também no restante de sua carreira.

– Naquele momento vi que jogar futebol era o que eu queria para o resto da minha vida. Ser jogador era o que me proporcionava divertir a mim e milhões de torcedores.

Boas lembranças. Que a noite de 12 de maio de 2010 também se torne inesquecível para os são-paulinos.

Bate-Bola com Cicinho

LANCENET!: Qual sua reação ao saber que iria estrear pelo Atlético no clássico contra o Cruzeiro, em 2001?
CICINHO: Foi um dia antes, o Abel sempre passava um vídeo na véspera. Ele me chamou na sala e disse que no Botafogo (SP) eu já havia jogado no meio e nas laterais, e ele queria que eu jogasse no meio de campo, que não era o último jogo da vida. Eu fiquei nervoso, com dor de barriga.

LNET!: Estrear e ainda mais improvisado? Isso aumentou a tensão?
C: Pelo contrário. Se as coisas fossem mal, essa seria minha desculpa (risos). Isso até ajudou a aliviar o nervosismo, tive menos pressão do que na lateral.

LNET!: E agora, está mais tranquilo para voltar ao Mineirão?
C: O São Paulo está preparado, bem treinado, concentrado, mas se estiver muito tranquilo acaba deixando a desejar. Não pode. São duas grandes equipes e quando a bola rolar, cada um vai correr atrás do seu e ninguém pode estar tranquilo demais.

LNET!: Seu contrato acaba no mês que vem e sua permanência pode depender da Libertadores. Como você lida com isso?
C: Estou me cobrando muito, me doando ao máximo. Tenho evitado até jantar fora de casa, mas não penso em ir embora do São Paulo. Estou feliz, não pensei em sair novamente, embora tenha mais dois anos de contrato com a Roma. Sou cobrado por meus pais, esposa, amigos, e a minha cobrança é ainda maior. Fechar esse contrato com o título da Libertadores com certeza vai ajudar muito meu futuro.

LNET!: O que falta para o São Paulo jogar um futebol de acordo com o potencial que tem o grupo?
C: Os jogadores sempre procuram a perfeição, mas é difícil. Em todos os jogos haverá falhas e acertos. O São Paulo é mais cobrado do que os outros na Libertadores. Dizem que o Cruzeiro vai ser campeão, antes era o Corinthians. Não adianta prever. Nós vencemos o Liverpool em 2005. É um time bem preparado psicológica e tecnicamente.

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