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Presidente do São Paulo garante reformas no Morumbi e diz: “Está difícil bater na gente”

“Está difícil bater na gente com substância”. A frase é de Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, que tem convivido nas últimas semanas com informações, no mínimo, preocupantes.

Há 15 dias, o presidente da CBF – Ricardo Teixeira – disse que o estádio Cícero Pompeu de Toledo corre sério risco de não ser sede de jogos da Copa do Mundo de 2014. Segundo o dirigente, os tricolores, que sonham em abrir o Mundial, estão longe de atender as exigências da FIFA.

Nesta terça-feira, os jornais Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, publicaram a reportagem de Silvio Barsetti. Nela, o repórter, citando como fonte um “alto executivo da FIFA”, afirma que o estádio do Morumbi está excluído do evento.

Hoje, os dois periódicos reafirmam a reportagem e asseguram que a prefeitura de São Paulo já tem um Plano B, um estádio a ser construído na zona oeste da cidade.

Juvêncio diz que tem garantias de que “não há Plano B, Plano C ou outro plano”. Há dois dias, ele recebeu telefonemas de integrantes do Comitê Executivo Paulista e do ministro dos esportes Orlando Silva, que discutiram o assunto. “Todos queriam saber de onde saiu uma informação como esta”, disse ao Blog do Boleiro.

No mesmo dia, a prefeitura de São Paulo divulgou esta nota oficial:

Com relação às notícias veiculadas sobre um suposto veto da FIFA ao Estádio do Morumbi para a Copa de 2014, o Comitê Executivo Paulista declara o seguinte:
Ficamos contentes com a nota da FIFA que desmente o fato. Tínhamos certeza de que a informação era falsa. O SPFC está trabalhando para atender todas as exigências da FIFA e no próximo dia 15 entregará um grande e renovado projeto do Estádio do Morumbi que agrega novas mudanças ao projeto original e acata, inclusive, alterações solicitadas pela entidade máxima do futebol.
Com relação ao suposto ‘plano B’, o Comitê Paulista reitera que o estádio indicado para sediar os jogos da Copa de 2014 em São Paulo é o Morumbi. O sempre citado projeto de Pirituba - ainda em fase de estudos e busca de parceiros privados - é um complexo de eventos que inclui centros de convenções e feiras, hotéis e uma arena multiuso para não mais do que 35 a 40 mil pessoas que jamais serviria para a abertura da Copa, já que a FIFA exige, no mínimo, 65 mil lugares.

On dirigente do São Paulo acha que “esta notícia se foi, esvaziou”, mas desconfia que a origem das informações saia do Rio de Janeiro e, embora não fale publicamente, acha que gente ligada a Ricardo Teixeira estaria espalhando o que o São Paulo chama de “rumores”.

A eleição para presidente do Clube dos Treze, nesta segunda-feira, teria acirrado as diferenças entre Teixeira e Juvenal. Afinal, o são-paulino formou chapa com o presidente Fábio Koff, reeleito para o sexto mandato.

O candidato de oposição, Kleber Leite, era apoiado publicamente por Ricardo Teixeira. “Daqui para frente, tudo o que ele disser – mesmo se for verdadeiro – as pessoas vão achar que é por conta deste processo eleitoral”, afirmou.

Blog do Boleiro – O São Paulo pretende tocar as reformas que previu, mesmo que o estádio não abra a Copa do Mundo?
Juvenal Juvêncio – Vamos continuar. O São Paulo sabe o que faz. Essa coisas não se são tocadas sem um planejamento. Temos um projeto ousado e vamos continuar com ele.

Este projeto tem recebido reparos da FIFA.
Estas coisas são dinâmicas. O que valia para a FIFA na Copa da Alemanha, já não vale para a África do Sul. E o que valeu para a África do Sul não vale para o Brasil. Esse processo é dinâmico. Estamos fazendo um projeto moderno, dentro do que o caderno de encargos da FIFA determina. Estamos avançando.

Qual sua reação ao saber da notícia publicada pelo JT e pelo Estado De S. Paulo nesta terça-feira de manhã?
Eu soube dela na noite da segunda-feira. Não quis falar nada. Chegou-se até a se pensar em uma nota oficial, mas achei melhor silenciar. A informação, crua como estava, provocaria uma contrapartida. E ela veio.

O senhor se refere à resposta da FIFA às consultas dos jornalistas?
Sim. Aliás, este foi o primeiro desmentido oficial da FIFA, a primeira manifestação oficial da entidade sobre este assunto. E foi para reiterar o que o secretário-geral Valcker já havia afirmado: que estamos de acordo com as exigências da FIFA. A notícia se foi, esvaziou.

Hoje, os dois jornais reiteram as informações e mostram o terreno onde a prefeitura paulistana pretende construir a arena que seria utilizada no Mundial.
O prefeito Gilberto Kassab já desmentiu que tenha Plano B, Plano C ou outro plano. Ontem mesmo, gente da prefeitura, do governo estadual e do comitê paulista nos procuraram para garantir que o Morumbi continua como a única opção para 2014. O prefeito Gilberto Kassab queria inclusive chamar uma entrevista coletiva. Aliás, todos que conversaram comigo se perguntavam “de onde vem isso, esse absurdo?”

O São Paulo vem convivendo com informações de que seu estádio não abrirá a Copa. O senhor vê algum elemento político nestas notícias?
Olha, a verdade, o tempo vai amadurecer e revelar. Este tema ainda está, digamos, muito pululante. Está difícil bater na gente com substância. Certas picuinhas, podem ter nescido por conta do processo eleitoral do Clube dos Treze.

O senhor se refere ao fato de ser vice-presidente da chapa de Fábio Koff e ter vencido a eleição no Clube do Treze, disputando com o candidato do presidente da CBF, Ricardo Teixeira?
Pode ser. Não sei. Não quero discutir. Sei que, daqui para diante, ficou mais difícil nos criticar sem que se pense assim: “É por aquele negócio da eleição”. Tudo o que de disser, mesmo que seja verdadeiro, vai por conta do processo eleitoral. Vai soar como sendo picuinha. Tivemos uma disputa democrática e livre no Clube dos 13. Entre os clubes, não ficaram feridas ao final.

O senhor tem encontro marcado com Jerome Valcke, secretário-geral da FIFA, nesta semana?
Não. Ele vem para outros compromissos. Vai conversar com o ministro dos esportes Orlando Silva, sobre questões tributárias envolvendo a Copa do Mundo. Estas coisas do estádio do Morumbi não se resolvem com política, mas com técnica, engenharia, arquitetura. Trata-se de obedecer e atender aos detalhes do caderno de encargos da FIFA.

Mudando o assunto, o senhor acredita que o São Paulo possa vencer o Santos e passar à final do Campeonato Paulista?
Você pode se surpreender domingo. No jogo de ida nos cortaram as pernas com a expulsão do Marlos. Mas o time, porque jogou com um a menos, ganhou força ao buscar o empate depois do 2 a 0. Se pode com dez, pode com onze.

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