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Falta de grana mina o Morumbi

Os projetos apresentados pelo São Paulo para receber a abertura e outros jogos importantes da Copa nunca entusiasmaram a Fifa. Mas a decisão de excluir o Morumbi do Mundial é motivada sobretudo por outro motivo: a falta de dinheiro.

Os dirigentes acreditam ser impossível o São Paulo executar seus planos. Não haverá verba para tantas modificações no estádio de 50 anos, dizem. A estimativa feita por especialistas é de que as obras vão custar pelo menos R$ 1 bilhão. E o clube não pode se utilizar de dinheiro público por se tratar de uma arena privada, ao contrário do Maracanã, por exemplo, que pertence ao Estado do Rio. O São Paulo conseguiria no máximo R$ 400 milhões de linha de crédito especial do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) e teria de se virar com o restante.

A Fifa acredita que o presidente Juvenal Juvêncio pretende “jogar com o tempo”. E, fazendo isso, na última hora acabaria recebendo ajuda da Fifa e do próprio governo, que não poderiam ver a realização da Copa em risco. A entidade foi obrigada recentemente a mandar dinheiro para a África do Sul para a conclusão das obras no país.

Um alto executivo da Fifa afirmou ontem ao JT que para evitar esse tipo de risco a decisão é excluir o Morumbi antes. O anúncio oficial deverá ocorrer apenas depois da Copa da África, provavelmente em setembro.

Até que seja oficializada a saída do estádio são-paulino do evento, as entidades vão negar o fato. Ontem, diante da grande repercussão da notícia publicada pelo JT, a Fifa divulgou nota por meio da qual afirmou “não ter tomado nenhuma decisão” em relação ao tema. Disse que o Morumbi continua em seus planos, mas deixou claro que espera melhorias em vários aspectos. Apesar do comunicado, a decisão já está tomada.

Os elogios feitos pelo secretário-geral Jérôme Valcke ao último projeto do Morumbi foram um pedido do presidente da CBF. Ricardo Teixeira lhe pediu que amenizasse as críticas para diminuir a pressão sobre o São Paulo e a polêmica no Brasil.

Até o prefeito Gilberto Kassab sabe da informação. E ele já mostrou a pessoas da Fifa o projeto da arena multiuso em Pirituba. Na opinião de pessoas ligadas à Prefeitura, é muito mais lógico construir um estádio novo, moderno, com várias utilidades, do que gastar um valor parecido para “apenas” reformar o Morumbi.

Kassab, no entanto, vai negar tudo até que a Fifa anuncie oficialmente a exclusão do estádio. Ele defende o Morumbi e continua trabalhando ao lado de dirigentes são-paulinos. A notícia publicada ontem pegou de surpresa o São Paulo, mas não o prefeito.

No Brasil

CBF pretende esconder o secretário da Fifa
A CBF pretende isolar o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, desde seu desembarque amanhã no Rio de Janeiro. Um carro da entidade vai pegar o dirigente dentro do aeroporto. Valcke será blindado em sua estada no País.

Repercussão
São Paulo
O clube preferiu não se pronunciar oficialmente sobre a possível saída do Morumbi da Copa do Mundo de 2014. O presidente Juvenal Juvêncio, em entrevista à rádio Jovem Pan, explicou que não acredita em um veto ao estádio. “Não existe chance de a cidade ficar fora da Copa e o Morumbi seria o local mais adequado”, afirmou
o dirigente.

Comitê local
O Comitê Executivo Paulista divulgou uma nota dizendo que não existe plano B da cidade para a Copa. “Reiteramos que o estádio indicado para sediar os jogos da Copa de 2014 em São Paulo é o Morumbi.” A entidade aposta que o Tricolor vai conseguir atender a todas as exigências da Fifa em seu novo projeto que será enviado amanhã.

Ministério
Orlando Silva Jr., Ministro do Esporte, não confirmou se vai se reunir com Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, que estará em visita ao Brasil nos próximos dias e pretende ir a Brasília. Segundo sua assessoria, quem vai definir os estádios para a Copa de 2014 é a Fifa e o ministério não pretende interferir nisso, qualquer que seja a decisão.

Fifa
A Fifa se pronunciou a respeito do veto ao Morumbi e disse que o estádio continua nos planos para a Copa e que passará por análises técnicas. O comunicado diz ainda que a entidade aguarda as melhorias no projeto do estádio e que Jérôme Valcke estará no Brasil, mas que sua vinda nada tem a ver com o Morumbi.

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