Rodrigo Souto está feliz da vida por ter feito três gols nos últimos três jogos, mas a fase de artilheiro não é o principal motivo para ele ter convencido Ricardo Gomes a fixá-lo no time.

O volante está ganhando espaço porque obedeceu a uma orientação do treinador. “Ele me pede para ficar mais, resguardar lá atrás, porque normalmente jogamos com três meias.”

Ele revela que precisou se readaptar à função. No Santos, foi segundo volante por muito tempo. “Aqui minha primeira função é ajudar na parte defensiva. Claro que o volante moderno também precisa chegar na área para ajudar, mas sem dar espaço na marcação.”

Por isso, ele está aproveitando para aparecer no ataque na bola parada. Foi assim no clássico contra o Corinthians, quando aproveitou o rebote em uma falta batida por Hernanes e uma outra cobrança de Cicinho para marcar duas vezes.

No último domingo, na vitória sobre o Botafogo por 5 a 0, no Morumbi, lá estava ele na área para desviar para o gol um escanteio cobrado por Jorge Wagner. “Sempre é bom marcar uns golzinhos.”

A cobrança para fazer, segundo ele, é grande dentro de casa. “A patroa (Gabriela) já estava cobrando. Fiz dois contra o Corinthians e ela queria mais para os meus filhos (Rodrigo e Gabriel). O importante é ter ajudado o time neste momento decisivo.”

Rodrigo Souto trabalha duro para continuar entre os titulares, já que se aproveitou da ausência de Richarlyson para ganhar espaço. Mas sabe que o elenco tem muitos jogadores lutando por uma vaga no time.

“É muito difícil falar sobre ser dono da posição. Só quando se trata do Rogério, que tem uma tradição no clube e está há muito tempo aqui. O negócio agora é manter o padrão de jogo para estar entre os titulares ou, no mínimo, ser relacionado.”

Sonho antigo

Ele está começando a justificar o investimento do clube para contratá-lo. A diretoria não pensou duas vezes para liberar Arouca ao Santos em troca dele, que era um sonho antigo do presidente Juvenal Juvêncio. (M.A.)