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São Paulo sem fibra

O São Paulo não vai longe na temporada se não injetar sangue nas veias de seus jogadores. Não fosse pelas falhas do jovem goleiro Rafael Santos, o Corinthians teria vida fácil no clássico
O Corinthians perdeu uma grande chance de arrebentar o São Paulo no clássico. Perdeu a oportunidade por um detalhe: a inexperiência do goleiro Rafael Santos, de 21 anos. Não fosse por duas pixotadas do goleirinho e a vitória teria sido por boa margem de gols.

Rafael cometeu duas falhas, típicas de um aprendiz, quando o jogo era inteiro favorável ao Corinthians. Nos dois equívocos, o discreto Rodrigo Souto empatou o clássico. Gols em um momento crucial da partida. Sorte de Rafael que Iarley inventou a vitória de última hora.

Outro que contribuiu para o crescimento do São Paulo foi Dentinho. Ele era disparado o melhor do clássico. Dentinho com Elias, pela movimentação, e Danilo, cerebral, desmontaram a defesa do inimigo. Quando Dentinho parecia ser o destaque, perdeu a cabeça no lance com Washington e saiu expulso.

Sem Dentinho, o Corinthians recuou ainda mais e perdeu força nos contra-ataques. Deixou de ser agressivo e ainda acordou o São Paulo, até então um time sonâmbulo na cinzenta e morna tarde no Pacaembu.

Acordou também Dagoberto, que na sua única e lúcida jogada deu de bandeja o gol a Jean. Gol que poderia dar alento ao seu time e mexer ainda mais com o clássico. Os dois treinadores tinham 15 minutos do intervalo para reorganizar seus times.

Esperava-se um São Paulo mais corajoso, atrevido, e menos pragmático. Ricardo Gomes fez o óbvio ao trocar Léo Lima, que vive no mundo da lua, pelo atacante Fernandinho.

Não deu tempo para nada. Roberto Carlos acertou uma bomba e iludiu Rogério Ceni. A partida voltava ao controle absoluto do Corinthians que se tivesse um cone no lugar de Ronaldo, com a cabeça em Marte, poderia ter ampliado fácil a vantagem de gols. Ronaldo acabou?

Perdendo por 3 a 1, o São Paulo engatou o piloto automático e ficou ali esperando por uma dádiva de Deus. Aliás, há muito tempo não se tem notícia de um time do São Paulo tão sem fibra, apático, tão sem vida, como este sob o comando de Ricardo Gomes.

Os setores não se conectam. Defesa, meio e ataque não se ligam. E quando se exige coração, prevalece a soberba. O São Paulo de hoje é um amontoado de jogadores que se acham protagonistas mas não passam de coadjuvantes de segunda linha.

Não por acaso, o coadjuvante dos coadjuvantes Rodrigo Souto empatou o clássico. Empate que cairia do céu não fosse por um detalhe. Mano, que errou à beça nas substituições, jogou tudo nas costas de Iarley. E o velhinho foi lá e conferiu com a generosa colaboração de Alex Silva.

O São Paulo não vai longe na temporada. E o Corinthians ainda tem o direito de sonhar.

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