Questionado por sua lentidão no gramado, Washington tem mostrado que é veloz quando exigido. Dentro de campo, nos dez gols que fez até agora, em nenhum deles ele tocou mais de duas vezes na bola para deixar sua marca. Ou tocou de primeira, direto para a rede, ou então dominou e depois chutou.



Fora de campo, o camisa 9 também mostrou agilidade diante do Nacional. Aos 26 minutos do segundo tempo, com dor de barriga, pediu para sair. Passou por Fernandinho, que entrava em seu lugar, e foi rapidamente para o vestiário.

– Naquela hora, corri mais do que no gramado. Se esperasse mais 30 segundos, não sei o que teria acontecido – afirmou Washington.

Já recuperado, o camisa 9 é um dos que mais treina no CT da Barra Funda. Quase todos os dias, após a atividade realizada com os demais, ele passa de 20 a 30 minutos finalizando. De cabeça, após cruzamentos, com o pé direito, esquerdo...

– Nos treinos, priorizo as finalizações. Não fico olhando, parando, tem de ser de primeira. Toda minha vida foi assim. Às vezes a bola vem ruim, mas faço questão de finalizar. É o que acontece no jogo, então tenho de fazer assim – explicou o atacante.

– Tenho de fazer no treino para ficar preparado. Se der mais toques, fica mais fácil, mas a zaga pode chegar e daí não adianta nada – completou.

Washington, assim como terminou a temporada passada, é o artilheiro do Tricolor no ano. A média do atacante é de 0,76 gol por partida. Na Libertadores, apenas contra o Once Caldas (COL), quando Rogério Ceni deixou o seu na derrota por 2 a 1, ele não balançou a rede. Nos demais, foram três contra o Nacional (PAR) e dois frente ao Monterrey (MEX).

Veloz nos arremates e também esperto quando precisa resolver problemas extra-campo, Washington tem sido decisivo. O camisa 9 está tirando a barriga da miséria. Quem agradece é a torcida, que comemora os gols e se diverte com o piques do goleador ao vestiário do Morumbi.