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Herói ou Vilão?

Washington tem bons números, mas nem todo mundo gosta dele

Dramaturgo, escritor e jornalista, Nelson Rodrigues disse certa vez que “toda unanimidade é burra”. Ao que parece, ela cabe como uma luva para explicar o momento vivido pelo atacante Washington no São Paulo.

Ele tem bons números: anotou 37 gols em 68 jogos pelo clube. A média de 0,573 por partida o coloca na lista dos 10 maiores artilheiros da história do Tricolor em média e, mesmo assim, há quem não goste dele.

E não são somente os torcedores que vaiam o atacante das arquibancadas do Morumbi. O JT entrevistou ex-são-paulinos que já estiveram no lugar de Washington e nem todos aprovam o futebol apresentado pelo centroavante que será mais uma vez a esperança de gols contra o Nacional, amanhã, em Assunção, pela Libertadores.

Bicampeão mundial e da Libertadores em 1992 e 1993, Palhinha, que era o camisa 9 de Telê Santana, fez duras críticas ao atacante. Para ele, Washington não deveria nem ser titular.

“Se eu fosse o treinador jogaria o Henrique. Ele tem mais mobilidade, finaliza bem, é um jogador inteligente”, disse Palhinha, que disputou 229 jogos pelo Tricolor e fez 71 gols. “O estilo de jogo do Washington é um só. O time precisa jogar para ele. Mas nem sempre isso é possível.”

E dá um recado: “É o momento de ele deixar de bobagem e trabalhar mais para melhorar sua condição de finalizador. Precisa treinar para acertar os chutes.”

Campeão da Libertadores em 2005, Luizão defendeu Washington e colocou a culpa em Ricardo Gomes. “A expectativa é muito grande não só sobre o Washington, mas também sobre o time, que ainda está sendo montado, pegando o entrosamento, não tem uma equipe definida. E isso prejudica o centroavante.”

Sobre os gols perdidos por Washington, principal reclamação dos torcedores, ele emendou: “Só erra quem está lá dentro.”

Confiança

Serginho Chulapa se diz fã do herdeiro da camisa 9. “É um jogador que gosto de ver jogar, é forte, dá opções para quem vem de trás. Ele fará os gols na hora que o time mais precisar”, aposta.

Mas e os gols perdidos? Para o maior artilheiro da história do São Paulo com 242 gols, é normal. “Faz parte da vida de todo centroavante. Eu também tive fases ruins. Foram poucas, mas tive. Às vezes, ele perde gols, mas logo será o goleador que foi no Atlético Paranaense e nos outros clubes que passou. O torcedor precisa ter um pouco de paciência.”

Autor de 112 gols pelo Tricolor, Careca também defendeu Washington. “Ele é um jogador bastante experiente. Claro que é um matador e, quando passa um momento sem fazer gols, o torcedor cobra. Mas é um jogador fantástico e ainda vai ser muito útil ao São Paulo.”

Luís Fabiano, último grande camisa 9 antes de Washington, também o defende. “É um centroavante goleador, fazedor de gols, que está sempre bem posicionado”, disse o jogador hoje no Sevilla, que também foi criticado um dia pelos são-paulinos.

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