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Audiência pública mostrou-se à favor dos jogos mais cedo

Evento não contou com a representação dos quatros grandes clubes de São Paulo e das televisões detentoras dos direitos de imagem de futebol

Na tarde desta terça-feira, na Câmara Municipal de São Paulo, foi realizada a audiência pública do projeto de lei 564/2006, elaborado pelos vereadores Antônio Goulart (PMDB) e Agnaldo Timóteo (PL), que proíbe o término de eventos esportivos realizados em estádios após às 23h15 no município de São Paulo.

Imprensa, comissões de cidadania e segurança dos bairros do Morumbi e do Pacaembu, Federação Paulista de Futebol e até uma torcida uniformizada esteve presente na Câmara Municipal. Porém, nenhum representante dos quatro grandes clubes de São Paulo, tampouco das redes de televisão detentoras dos direitos de imagem dos jogos de futebol apareceram no plenário.

- A sensação de segurança, com o jogo terminando mais cedo, é maior para os que foram ao estádio e também aos pais e parentes dos torcedores que ficam apreensivos em casa à espera da chegada do filho, por exemplo - disse o coronel da Tropa de Choque da Polícia Militar de São Paulo, Eduardo Félix.

Embora a maioria dos presentes na Câmara fosse a favor do projeto de lei dos vereadores Goulart e Timóteo, o assessor da Federação Paulista de Futebol, Américo Calandriello,e o vereador Jamil Murad (PCdoB) se pronunciaram de forma contrária à lei.

- Os clubes precisam otimizar suas receitas, buscar recursos, como o patocínio, direito de TV e bilheteria. Para fecharmos contrato, é importante que os jogos sejam transmitidos. Temos horários do Campeonato Paulista em diversos horários. Todos os jogos do Paulistão passam na televisão - afirmou Américo Calandriello, que chegou ofegante no plenário, deu seu rápido depoimento e foi embora, sem ficar nem trinta minutos na Câmara.

Hoje à tarde será realizada a segunda votação pelos vereadores de São Paulo. Caso seja aprovado, faltará um único passo, talvez o mais difícil deles, para o projeto de lei ser sancionado: a aprovação do prefeito Gilberto Kassab (DEM).

Em favor do projeto de lei

- O futebol era muito mais alegre quando era mais cedo, quando era às 20 horas - disse o presidente da Comissão de Transporte, vereador Jucelino Gadelha.

Ainda há o que melhorar

- Nós achamos que este horário de 23h15 ainda é tardio, o ideal seria termainar por volta das 22 horas, para que respetiasse a lei do selêncio. Quando o jogo é muito tarde, cria-se em torno do estádio um ambiente ruim, sem banheiros, muitas bebidas, e isso vira um transtorno para alguns torcedores e ainda mais aos moradores - disse a presidente da Associação de Segurança e Cidadania, Márcia Vairoletti.

Contra o projeto de lei

São Paulo não é uma cidade provinciana. Não devemos passar por este vexame de estipular um horário. Assim os grandes atletas vão embora do país. Acho que os espetáculos tem que ter a liberdade de começar e terminar a hora que for. Cabe ao torcedor decidir se e viável ou não a eles irem ao estádio. A realidade é que as senhoras não querem ver estádios nos seus bairros - Jamil Muradi, vereador do PCdoB.

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