Nação do Maior do Mundo;

Mais uma vez o São Paulo decepcionou o seu torcedor. Em um jogo onde o normal era uma vitória tranquila a equipe mais uma vez se perdeu nos seus próprios erros e voltou para a capital com um decepcionante empate sem gols diante do Oeste em Araraquara. Pior que o resultado foi a pífica atuação coletiva, que influenciou no rendimento individual da maioria dos atletas.

Sem Cicinho e Hernanes, poupados, o time foi a campo num4-4-2 com Ceni, Alex Silva, Xandão, Miranda e Jorge Wagner. Jean, Souto, Cléber Santana e Richarlyson. Dagoberto e Wahington.

Os primeiros minutos foram movimentados, com chances para ambos os lados. No decorrer da primeira etapa o tricolor começou a dominar e, após os vinte e cinco minutos, com a expulsão de Ricardinho(Oeste) tomou de vez as ações e não marcou pela boa jornada do goleiro Neneca e falhas no chute final. O rival se fechou e não ofereceu mais perigo. Miltoin Cruz tirou Richarlyson (amarelado) e promoveu a entrada de Fernandinho. O time ficou com 3 atacantes em campo. Mesmo não abrindo o placar na primeira etapa, a promessa era de um segundo tempo dominante e de uma vitória até de certa forma tranquila no bom gramado de Araraquara.

Veio a segunda etapa e a completa decepção, principalmente com o meio campo tricolor, que não criou nem avançou para ajudar o ataque. Pragmatismo e a certeza de resolver a parada a qualuer minuto são inadmissíveis num clube grande como o SPFC. Mesmo com dez em campo o Oeste teve chances de abrir o placar, tanto quanto o São Paulo, que enfiou uma bola na trave com Washington e tentava se desembaralhar na frente. O adversário aproveitou a pouca eficiência do meio tricolor e se fechou, só saindo em contra-ataques. A situação era tão feia que Milton Cruz promoveu a entrada de dois meias (Léo Lima e Wellington) após a correta expulsão de Cléber Santana.

O que se viu a partir daí foi um time na base do “bumba meu boi”, se esquecendo do combalido padrão de jogo e tentando resolver na base do abafa e de alguma jogada diferenciada de algum de seus atletas. O Oeste se fechou mais ainda e quase leva os três pontos. Wellington ainda foi para o chuveiro mais cedo por colocar a mão na bola e evitar uma jogada perigosa do adversário, com Rogério fora da meta.

Fim de jogo. Além do resultado ruim e do desempenho pior ainda, uma coisa me deixa extremamente preocupado. Até agora o time vem na base do rodízio de atletas. Já estamos partindo para a reta final do Paulistinha e temos jogos importantes na Libertadores e time bom mesmo só no papel. Se na Europa se faz assim, aqu9i no Brasil não temos como depender da boa vontade dos jogadores de “um dia darem a liga”. Hoje não jogou Cicinho e Hernanes, no domingo não jogará Cléber Santana e assim por diante. Tá na hora de botar todo mundo em ação.

Agora teremos uma partida realmente difícil fora de casa e, logo após o confronto contra a Ponte em Campinas, um jogo que temos a obrigação de ganhar em Assunção, pela Libertadores. Vai poupar? Vai arriscar? Eu, como torcedor, não sei o planejamento triolor até agora. Festejo as contratações que não jogam? Desenho esquemas táticos no papel? É obrigação dessa comissão técnica ter dado uma cara nesse time e que até hoje não colocaram. A quem interessar: Tomem vergonha na cara e admitam que o São Paulo ainda não saiu do papel!

Não vou poupar os jogadores de críticas. Pelo menos, em entrevistas para o Globoesporte.com afirmarm que o time jogou mal. Como já disse em um post, falta um pouco mais de cada um em campo, como queria hoje Alex Silva. Estão devendo também.

Saudações tricolores!

Nota dos personagens da partida:

Rogério Ceni Assistiu mais que participou. Algumas defesas de praxe e um susto no final da partida, que fez com que Wellington fosse expulso. Nota: 6,0

Alex Silva Jogou de zagueiro até os 30 minutos de jogo. Depois se mandou para o ataque. É o único que teve vergonha na cara de pedir mais vontade e raça aos demais. Melhor do SPFC em campo, mesmo improvisado e tentando ser meia-atacante na base do bumba meu boi. Nota: 7,0

Xandão Partida normal e discreta. Fez sua função. Nota: 6,5

Miranda Outro que cumpriu seu papel. Nota: 7,0

Jorge Wagner Partida razoável no primeiro tempo e desprezível na segunda etapa. Já está na hora de ver o especialista Carleto ou dar mais chances ao Junior Cesar nessa posição. Nota: 3,5

Jean Atuação discreta. Cumpriu o dever até ser substituido. Nota: 6,0

Rodrigo Souto Fez o papel de formiguinha no meio. Jogou bem. O problema não foi ele, foi o excesso de volantes sem criação no time. Nota: 6,0

Richarlyson Pouco tempo na partida. Foi substituído. Sem nota.

Cléber Santana Discreto na primeira etapa e horroroso na segunda. Mereceu a expulsão. Nota ZERO!

Dagoberto Bom primeiro tempo. Na segunda etapa foi muito pouco eficiente. Substituído no jogo. Nota: 4,5

Washington Bom primeiro tempo, conseguiu jogar com os meias e atacantes. No segundo, apesar da cabeçada na trave, foi peça nula em campo. Nota: 4,0

Fernandinho Entrou no fim do primeiro tempo e não melhorou a qualidade do ataque. Nota: 4,5

Léo Lima Entrou e, como era de se esperar, não deu liga no meio para o ataque. Nota: 4,5

Wellington Entrou numa gelada, não teve como produzir e foi expulso por parar uma jogada perigosa, com Rogério fora da meta. Costumo dar ZERO para expusão mas neste caso não vou dar nota ao jogador. Sem nota.

Milton Cruz Ousado ao substitur Richarlyson por Fernandinho após a expulsão do jogador do Oeste; pragmático ao tirar Jean e Dagoberto para as entradas de Wellington e Léo Lima. Pior de tudo, ele (com Ricardo Gomes) não conseguiram tirar o SPFC de 2010 do papel. Elenco recheado de bons jogdores mas sem sequência e sem um meio campo criativo. De bom hoje somente a ouadia na primeira substituição. Nota: 3,0

Juíz Sem dúvida alguma, o melhor da partida. Preocupante!

Torcida Fez bem sua parte. Compareceu, apoiou, vaiou no final e pediu raça. Nota MIL!

Diretoria Não sei quem fez esse planejamento, mas foi muito mal feito. A torcida tem o direito de saber a escalação PRÁTICA do time em março e entender de vez o que vai ser priorizado. a teoria, reservas diante da Ponte Preta. O jogo da Libertadores é quase crucial para a cloassificação. Como é que fica?