E o clube cresceu tanto que logo se viu em um lugar acanhado. Notou que para continuar sua trilha de ascensão era preciso mais, arriscar mais, inovar mais e tornar-se de fato independente. Queria a sua própria casa - um palco próprio e amplo para dignificar seu XI e seus torcedores. Tal sonho sempre esteve em mente, pois até mesmo o primeiro filho do CA Paulistano e da AA das Palmeiras já ousara isto (Tentaram construir eles mesmos o Pacaembu no inÃcio dos anos 30, fato que não se concretizou, como se sabe).
Chegara a hora. Depois de idas e vindas em terrenos da Light e do Ibirapuera (onde atualmente é o CÃrculo Militar) e de se desfazer de sua antiga casa em troca de autorização pública, o São Paulo encontrou sua nova morada. A bem da verdade encontrara um amplo pântano verde isolado de tudo, mas ali vislumbrou o futuro e gostou por demais do que viu. Em 1952 era lançada a pedra fundamental daquilo que se ergueria como o Maior Estádio Particular do Mundo - fato somente superado em 1982, quando o Camp Nou foi reformado para a Copa da Espanha.
Deixou de ser, então, Tricolor do Canindé. Altivo seria o Tricolor do Morumbi!
Só que o percurso que transformou futuro em história foi árduo, sofrido, muito contido. O diretor de finanças avisava: - O que se ganha para o estádio, fica no estádio! E o futebol? Bem... Carência justificável de tÃtulos - ainda assim, o menor se comparado a outros clubes grandes, que não construÃram patrimônio de porte nenhum, cabe dizer. Contudo não faltaram Ãdolos, de garra e raça, obstinados que nunca alçaram uma glória, em sua maioria, mas que são honrados até hoje por tamanho sacrifÃcio.
Eleja os craques do Projeto Encontros, do Metrô/SP
Bellini fora um grande exemplo disto. Zagueiro clássico, bicampeão do mundo pela Seleção, nunca erguera uma taça de renome com as cores do São Paulo. Teve, porém, outras felicidades, como fazer o Santos de Pelé fugir de campo certa fez em 1963. Pelo mesmo caminho seguiria certo garoto que começara a jogar pelo Tricolor em troca de ovos, leite e carne e que atravessaria praticamente todo aquele perÃodo de jejum, mas justamente agraciado com a conquista do tÃtulo paulista de 1970: Roberto Dias, considerado pelo maior jogador de futebol da história seu melhor marcador.
Mauro, outro zagueiro capitão e bicampeão do mundo pela Seleção, era dotado de tanta qualidade que seu estilo de jogo lhe rendera, inclusive, o apelido Marta Rocha (brasileira famosa nos antigos concursos de beleza). Seu xará, Maurinho, fazia pela ponta-direita o que Canhoteiro fazia pela esquerda, porém com mais discrição e objetividade. Já o ponta-esquerda era digno de proezas como driblar dois marcadores com a bola em cima da linha lateral, ou mesmo ir ao ataque e voltar à defesa com a bola nos pés, somente para cansar os adversários e, claro, descansar os companheiros.
Se Sastre foi o maestro dos anos 40. O mestre da década seguinte certamente fora Zizinho. Mesmo com 37 anos (!), organizara aquele time traumatizado com a perda do tÃtulo de 1956, entregando-lhe a taça do ano posterior. O último antes do perÃodo de seca que se postaria adiante. E que só teve fim graças, também, ao grande serviço - prova de imensa são-paulinidade -, do goleiro argentino Jose Poy. Ele, que durante sua carreira batera os recordes de presença em jogos e se consagrara como o melhor goleiro da história do clube até o surgimento da lenda Rogério Ceni, ao se aposentar fez o que pôde para retribuir o que o São Paulo fizera por ele. E pôde muito. Sozinho vendera mais de 8 mil cadeiras cativas, antes mesmo destas sequer existirem!
Quase 18 anos depois de iniciada sua construção, o Estádio CÃcero Pompeu de Toledo enfim se tornara uma realidade, jazendo ali no Morumbi imponente, herdando sua alcunha, como também o sacrifÃcio de cada jogador, dirigente ou torcedor que por tanto o aguardou.
Ãdolos em destaque
Mauro
Mauro Ramos de Oliveira
Zagueiro
1948-1959
Campeão Paulista de 1948, 1949, 1953 e 1957.
Poy
Jose Poy
Goleiro
1949-1962
Campeão Paulista de 1949, 1953 e 1957.
Zizinho
Tomás Soares da Silva
Meia
1957-1958
Campeão Paulista de 1957.
Maurinho
Mauro Raphael
Ponta Direita
1952-1959
Campeão Paulista de 1953 e 1957.
Canhoteiro
Ribamar de Oliveira
Ponta Esquerda
1954-1963
Campeão Paulista de 1957.
Bellini
Hideraldo Luiz Bellini
Zagueiro
1962-1968
Roberto Dias
Roberto Dias Branco
Zagueiro e Volante
1960-1973
Campeão Paulista de 1970
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Chegara a hora. Depois de idas e vindas em terrenos da Light e do Ibirapuera (onde atualmente é o CÃrculo Militar) e de se desfazer de sua antiga casa em troca de autorização pública, o São Paulo encontrou sua nova morada. A bem da verdade encontrara um amplo pântano verde isolado de tudo, mas ali vislumbrou o futuro e gostou por demais do que viu. Em 1952 era lançada a pedra fundamental daquilo que se ergueria como o Maior Estádio Particular do Mundo - fato somente superado em 1982, quando o Camp Nou foi reformado para a Copa da Espanha.
Deixou de ser, então, Tricolor do Canindé. Altivo seria o Tricolor do Morumbi!
Só que o percurso que transformou futuro em história foi árduo, sofrido, muito contido. O diretor de finanças avisava: - O que se ganha para o estádio, fica no estádio! E o futebol? Bem... Carência justificável de tÃtulos - ainda assim, o menor se comparado a outros clubes grandes, que não construÃram patrimônio de porte nenhum, cabe dizer. Contudo não faltaram Ãdolos, de garra e raça, obstinados que nunca alçaram uma glória, em sua maioria, mas que são honrados até hoje por tamanho sacrifÃcio.
Eleja os craques do Projeto Encontros, do Metrô/SP
Bellini fora um grande exemplo disto. Zagueiro clássico, bicampeão do mundo pela Seleção, nunca erguera uma taça de renome com as cores do São Paulo. Teve, porém, outras felicidades, como fazer o Santos de Pelé fugir de campo certa fez em 1963. Pelo mesmo caminho seguiria certo garoto que começara a jogar pelo Tricolor em troca de ovos, leite e carne e que atravessaria praticamente todo aquele perÃodo de jejum, mas justamente agraciado com a conquista do tÃtulo paulista de 1970: Roberto Dias, considerado pelo maior jogador de futebol da história seu melhor marcador.
Mauro, outro zagueiro capitão e bicampeão do mundo pela Seleção, era dotado de tanta qualidade que seu estilo de jogo lhe rendera, inclusive, o apelido Marta Rocha (brasileira famosa nos antigos concursos de beleza). Seu xará, Maurinho, fazia pela ponta-direita o que Canhoteiro fazia pela esquerda, porém com mais discrição e objetividade. Já o ponta-esquerda era digno de proezas como driblar dois marcadores com a bola em cima da linha lateral, ou mesmo ir ao ataque e voltar à defesa com a bola nos pés, somente para cansar os adversários e, claro, descansar os companheiros.
Se Sastre foi o maestro dos anos 40. O mestre da década seguinte certamente fora Zizinho. Mesmo com 37 anos (!), organizara aquele time traumatizado com a perda do tÃtulo de 1956, entregando-lhe a taça do ano posterior. O último antes do perÃodo de seca que se postaria adiante. E que só teve fim graças, também, ao grande serviço - prova de imensa são-paulinidade -, do goleiro argentino Jose Poy. Ele, que durante sua carreira batera os recordes de presença em jogos e se consagrara como o melhor goleiro da história do clube até o surgimento da lenda Rogério Ceni, ao se aposentar fez o que pôde para retribuir o que o São Paulo fizera por ele. E pôde muito. Sozinho vendera mais de 8 mil cadeiras cativas, antes mesmo destas sequer existirem!
Quase 18 anos depois de iniciada sua construção, o Estádio CÃcero Pompeu de Toledo enfim se tornara uma realidade, jazendo ali no Morumbi imponente, herdando sua alcunha, como também o sacrifÃcio de cada jogador, dirigente ou torcedor que por tanto o aguardou.
Ãdolos em destaque
Mauro
Mauro Ramos de Oliveira
Zagueiro
1948-1959
Campeão Paulista de 1948, 1949, 1953 e 1957.
Poy
Jose Poy
Goleiro
1949-1962
Campeão Paulista de 1949, 1953 e 1957.
Zizinho
Tomás Soares da Silva
Meia
1957-1958
Campeão Paulista de 1957.
Maurinho
Mauro Raphael
Ponta Direita
1952-1959
Campeão Paulista de 1953 e 1957.
Canhoteiro
Ribamar de Oliveira
Ponta Esquerda
1954-1963
Campeão Paulista de 1957.
Bellini
Hideraldo Luiz Bellini
Zagueiro
1962-1968
Roberto Dias
Roberto Dias Branco
Zagueiro e Volante
1960-1973
Campeão Paulista de 1970
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