Que o Papai Noel coloque em seu saco uma ordem aos velhinhos da Fifa para que façam time com jogador dopado perder os pontos no futebol um segundo depois de comprovado o doping.

Agora, foi o Jóbson, do Botafogo, flagrado com cocaína no antidoping.

Já confirmado o procedimento errado do jovem (e bom) atleta na contraprova, o resultado… será mantido!!!

E com o Botafogo vencedor por 2 a 0, com o clube salvo da Série B e o Coxa rebaixado.

E quem garante que ele também não “ajudou” o Fogão dessa maneira contra o São Paulo?

O Fogão bateu o Tricolor por 3 a 2 e tirou três possíveis pontos dos paulistas na briga pelo Tetra-Hepta.

E olha que naquela partida ele estava correndo mais do que notícia ruim e ainda marcou dois gols.

Sempre foi assim, mas já passou da hora disso não ser mais assim.

Nada específico quanto ao jogo Botafogo 2×0 Coritiba, mas tudo em relação a todos os jogos de times flagrados com jogadores dopados, ontem e hoje.

Ora, que vantagem a Maria leva?

Um time, até em Copa do Mundo, entope seu elenco de “turbinamento artificial e criminoso”, ganha o jogo, é flagrado no doping e continua vencedor e inclusive campeão?

“Ah, mas o futebol é coletivo, não é esporte individual como o atletismo e a natação e um só atleta dopado não contamina e influe em todo o elenco”, dizem os puristas e chatos.

Conversa mole, porque há revezamento de 4×4 nesses esportes e um só atleta dopado faz também todos perderem as medalhas.

E o dopado perde também prêmios, história e recordes, tudo com cruel e justo efeito retroativo.

Eu quero no futebol é punição por perda de pontos até no revezamento 1×1, ou seja, a tabelinha do atleta com o doping.

Ben Johnson, Marion Jones, Florence Griffith-Joyner e até aquele cavalo dor irlandês Cian O’Connor na Olimpíada de Atenas em 2004 que digam se não tenho razão.

E o Maradona-94, que ficou sabendo lá no Cotton Bowl de Dallas que tinha sido pego de novo?

Fez até um golaço contra a Grécia, estava entupido de drogas, foi banido do futebol como jogador e o resultado mantido com a Grécia perdendo de 4×0, em jogo disputado em Boston.

Gente, isso tem que ser mudado urgentemente com o estabelecimento de um só artigo, artigo nº 1, letra A: “jogou dopado, perdeu os pontos com 0 a 5 no placar”!

Outro artigo e outra letra? Não tem!

Sim, assim bem “democrático”, curto e grosso!

Ora, no vôlei e no tênis leves toques da bola na rede e na antena não dão perda do ponto ou novo saque?

E no “coletivo” futebol um “só” jogador do Guarani atua uns minutos ou uns míseros jogos pelo glorioso “Xong Tong FC” de algum lugar do mundo e o time e o clube inteiro poderiam ser punidos não subindo para a Série A de um Brasileiro?

E mais: um “só” jogador não é inscrito no prazo legal por diferença de minutos ou horas ou por não alinhamento do horário do país do envio do fax ou do e-mail de registro na Federação do time a receber o atleta e aquele time perde “500” pontos por “perda de prazo”?

Hipocrisia, burrice e incoerência esportivas.

É tão urgente qualquer equipe, time ou seleção, perder o jogo e os pontos quando tiver jogador dopado, quanto a Fifa finalmente acordar e colocar a TV e a tecnologia para serem evitados gols “dopados” e roubados como os de Maradona de mão em 86, do Hurst da Inglaterra em 66 (a bola não entrou) e esse último do Thierry Henry, o grande malandro francês de mãos enormes.

Quem tem que ter mãos grandes é o Papai Noel, por carregar tanto saco cheio para ajudar e presentear tanta gente no mundo.