O São Paulo não pensa em outra coisa que não seja o heptcampeonato brasileiro, o tetra consecutivo. No entanto, o caminho para conquista, além dos quatro jogos restantes, passa pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Na próxima quarta-feira, dia 18 de novembro, o Tricolor poderá perder três importantes peças de uma vez só. Os atacantes Dagoberto e Borges, e o volante Jean serão julgados pela Terceira Comissão Disciplinar e podem desfalcar o time de Ricardo Gomes nas últimas três rodadas do Campeonato Brasileiro.

Os três jogadores do São Paulo foram expulsos no empate por 1 a 1 com o Grêmio, no Olímpico, pela 34ª rodada da competição, e já desfalcam o time do Morumbi no confronto com o Vitória, neste sábado, dia 14, por cumprirem a suspensão automática. Eles correm o risco ainda de não jogarem contra Botafogo, Goiás e Sport.

A situação mais preocupante para o departamento jurídico do São Paulo é de Borges. Expulso aos 33 minutos do segundo tempo por acertar o braço no peito do gremista Túlio, o atacante são-paulino responderá por agressão física – artigo 253 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) – e pode ser suspenso de 120 a 540 dias.

O caso de Dagoberto também inspira cuidado para os advogados são-paulinos. O atacante também foi expulso por falta em Túlio, mas por dar um carrinho violento e por isso foi denunciado por jogada violenta – artigo 254 do CBJD –, correndo o risco de ser apenado de duas a seis partidas.

A expulsão do volante Jean, pelo segundo cartão amarelo, já nos acréscimos do jogo por falta no meio Souza, é a mais “fácil” para defesa. Isto porque o jogador foi denunciado “apenas” por ato desleal – artigo 250 do CBJD – e pode ser punido de uma a três partidas de gancho.

E o julgamento promete ser tenso. Os são-paulinos não gostaram nem um pouco da punição imposta ao clube com a perda de um mando de campo e multa em R$ 10 mil pela invasão de um torcedor no gramado do Morumbi na vitória sobre o Internacional.