Não é de hoje que o São Paulo é dado como morto, mas ressurge das cinzas. Nem de hoje nem do ano passado, quando tinha apenas 1% de chances de conquistar o título, a 11 pontos da liderança, e arrancou para o hexa durante o turno final.

Basta vasculhar a História tricolor para constatar que sempre foi prematuro dar o clube por vencido. Hoje, a equipe briga pelo sétimo Brasileirão. Quando conquistou o segundo, de 1986 (a final foi disputada em fevereiro do ano seguinte), a torcida já sofria muito até o fim.

Como não se lembrar de Jason ao ver o gol de Careca, aos 14 minutos do segundo tempo da prorrogação no Brinco de Ouro, contra o Guarani? O chute quase sem ângulo, após lançamento do goleiro Gilmar, e a vitória nos pênaltis soaram impossíveis.

A relação são-paulina com o renascimento é muito mais ampla do que simplesmente um título. O clube literalmente nasceu de novo em 1935, quando extinto no primeiro semestre e fundado novamente no dia 16 de dezembro. Desde os primórdios de sua existência, é chamado Clube da Fé.

Fé que move os jogadores nas últimas quatro rodadas da competição. Se derrotar Vitória, Botafogo, Goiás e Sport, o São Paulo poderá dar a volta olímpica pelo quarto ano consecutivo, levando em conta só Brasileiros.

– Estamos conscientes de que está nas nossas mãos. Antes, dependíamos dos outros, agora não. O São Paulo é vacinado, tem experiência com essa situação, enfrentou isso nos três últimos anos – afirmou Washington.

Só mesmo no Morumbi, na sexta-feira 13, o Jason será movido pela fé.