O centroavante, de saída, discutiu com Miranda, jogou o colete no chão e saiu para o vestiário do CT sem falar com ninguém no treino de ontem.

Ele e o zagueiro bateram boca por causa de uma falta. Claro que Miranda teve atitude diferente. Era previsível.

Borges, normalmente difícil de lidar, explodiu. Estava incomodado também porque Ricardo Gomes fez um teste diferente.

Na primeira parte, Washington foi utilizado de titular. Na seguinte, em regra, o treinador escalaria Borges. Ontem, preferiu Hugo ao lado de Dagoberto.

Não confio no comprometimento de Hugo e Borges com o São Paulo neste momento, contudo a opção é válida.
Pelo que mostrou em 2009 dentro e fora de campo, Borges não merece crédito.

E Hugo, bom no cabeceio e arremate de perna esquerda, tem mais cara de centroavante que de meia ou segundo atacante.

A saída de Borges será ótima tanto para o clube quanto para ele.

O São Paulo poderá trazer alguém que resolva seus problemas ali, e Borges, bom jogador, terá a oportunidade de encontrar algum lugar para se sentir bem.

As portas do Parque São Jorge continuam abertas.

Gonzáles na vaga de Richarlyson

O problema do São Paulo é falta de raça, coração, pegada…

Time que anda em campo não consegue nada importante. Por isso, no lugar de Richarlyson, suspenso, Ricardo Gomes não pode escalar Arouca e Zé Luís.

Ontem, acertou ao trazer Jean de volta para o meio e usar Gonzáles na direira. Taticamente, acho, haveria decisões mais interessantes, como o próprio Zé Luís. O Peixe, com Madson e outros jogadores velozes, pode usar o espaço que o argentino deixa na hora do apoio.

Mas além de ganhar qualidade no avanço pela ala, com Jean e Gonzáles, daquele lado, está garantido que ninguém vai se acomodar. Os 2 são muito dedicados.

Neste momento, mais que arrumar problemas táticos e técnicos, o São Paulo necessita de acertos comportamentais.