Com cinco pontos de diferença do líder Palmeiras, o São Paulo reencontra o Náutico, nesta quarta-feira, no estádio dos Aflitos. E, o Tricolor espera repetir o resultado que obteve ainda no primeiro turno do Brasileirão, quando venceu o Timbu por 2 a 0, no Morumbi.

A principal lembrança daquele 26 de junho, no entanto não está nem na vitória que saiu dos pés de Hernanes e Jean Rolt, mas sim, de um personagem que seria fundamental na arrancada do Tricolor neste campeonato: foi a estreia de Ricardo Gomes no comando do São Paulo.

O treinador assumiu o time em 16ª colocação, e logo, estabeleceu uma meta de deixar o time entre os quatro primeiros colocados na virada do primeiro para o segundo turno. E foi o que aconteceu. Gomes fez o time reencontrar o futebol tricampeão brasileiro, reergueu a moral dos seus jogadores, após a eliminação na Libertadores, e mais, fez com que os jogadores voltassem a ter identidade com o clube, fato que é frequentemente comentado entre os jogadores quando se referem ao treinador.

A campanha de Ricardo Gomes é de um treinador campeão, em 19 jogos, são 11 vitórias, cinco empates e três derrotas, um aproveitamento de 66%. Mas para o treinador, essa é uma nova história. O Náutico é que está agora em 16ª lugar na tabela, e, tem na força do seu estádio a dificuldade que pode atrapalhar a luta do Tricolor para se aproximar do líder.

- A briga lá embaixo (zona de rebaixamento) é duríssima e esperamos um jogo com muitas dificuldades, mas não vamos mudar nossa maneira de jogar. Vamos tentar colocar nosso adversário em dificuldades e voltar com três pontos. A gente observa os últimos jogos do Náutico em casa, as novas contratações. Não pode projetar muito – garantiu o treinador.

O Tricolor terá ainda três desfalques importantes para o difícil jogo em Recife. Rogério Ceni, com um edema na coxa esquerda, segue em tratamento e deve voltar apenas no próximo jogo, contra o Coritiba, no Morumbi. Dagoberto, atacante titular, e Washington, autor do gol de empate contra o Corinthians no último domingo, suspensos, não estarão à disposição do treinador. Hugo ou Marlos podem aparecer improvisados no setor, ou Gomes pode providenciar a entrada de um dos jogadores da base. Henrique e Mazola são as apostas.

Já o Náutico, há quatro rodadas sem vencer, aposta de fato na força da sua torcida para surpreender um dos principais candidatos ao título Nacional. Com o ataque sem marcar gols há três jogos e com inúmeros problemas de lesões, já que três atacantes do Timbu estão no departamento médico, o técnico Geninho deve promover mudanças em relação à equipe que perdeu para o Coritiba no último domingo.

- O jogo é difícil, o adversário é forte, mas temos que pontuar e buscar a vitória. E para isso, contamos com a presença em massa do nosso torcedor. Convocamos os alvirrubros para amanhã lotar os Aflitos e juntos, conquistarmos os três pontos - convocou, confiante, o zagueiro Vágner, que teve a oportunidade de participar de duas vitórias sobre o São Paulo - uma em 2007 e a outra ano passado, ambas em casa.

Na zaga, sem poder contar com Asprilla, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, o também defensor Cláudio Luiz deve voltar à posição, após ficar fora na última rodada. Já os laterais Patrick e Michel, cujos desempenhos não estavam agradando a Geninho, devem ganhar nova oportunidade no time. Bruno Mineiro, reforço recém-chegado, pode começar a partida como titular.

NÁUTICO X SÃO PAULO

Estádio: Aflitos, Recife (PE)
Data/hora: 30/9/2009 - 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Francisco Carlos Nascimento (AL)
Auxiliares: Hilton Moutinho Rodrigues (Fifa-RJ) e Otávio Correia de Araújo Neto (AL)

NÁUTICO: Glédson, Márcio, Vágner, Cláudio Luiz; Patrick, Derley, Aílton, Irênio e Michel; Carlinhos Bala e Bruno Mineiro. Técnico Geninho

SÃO PAULO: Bosco; Renato Silva, André Dias, Miranda; Jean, Hernanes, Richarlyson, Jorge Wagner, Junior Cesar; Hugo (Marlos) e Borges. Técnico: Ricardo Gomes