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Bosco promete soltar a voz contra o Náutico

Disposto a soltar a voz para evitar novo tropeço, goleiro estreia pelo Tricolor em Recife, onde foi criado

ausência de Rogério Ceni é um motivo de preocupação constante para os torcedores do São Paulo.

Mas, nesta quarta-feira à noite, a presença de Bosco pode ser considerada um reforço importante para quem deseja quebrar incômodo tabu de 14 anos.

O goleiro vai estrear com a camisa do Tricolor em Recife, cidade onde passou os primeiros 27 anos de vida. E, para voltar a vencer o Náutico no Estádio dos Aflitos (com transmissão em tempo real pelo LANCENET!), fato inédito desde 1995, Bosco tem um valioso repertório de dicas aos companheiros.

Nascido em Escada, a 51 quilômetros da capital, mas criado em Recife, Bosco defendeu o Sport, time do coração de toda sua família, entre 1993 e 2000. Voltaria ainda em 2003 para uma segunda passagem.

– São todos rubro-negros. Meu pai (Carlos Chaves), meus irmãos (Luís Carlos, Paulo e Marcos Henrique). O quarto do meu filho (Lucas) também é todo vermelho e preto. O Náutico sempre foi meu adversário.

O camisa 22 não terá o apoio da família nos Aflitos. Desde 2001, quando o pai, “esquentado”, discutiu na Ilha do Retiro, prometeu que jamais pisaria em um estádio. Visita só no hotel em que a delegação são-paulina está hospedada, e onde Bosco se prepara para o jogo. Algo que não foi possível no último fim de semana.

Já no vestiário do Morumbi, após o veto a Rogério, o técnico Ricardo Gomes questionou se o goleiro estava preparado para jogar o clássico.

– É diferente saber antes que vai jogar, pensar nos atacantes, se preparar melhor, mas não influencia em campo. Faltou (no lance com André Dias, que originou o gol de Ronaldo) um: “É minha!”. Detalhe que não pode se repetir – admite.

Então, já que vai se sentir em casa, contra o Náutico é dia de soltar a voz, Bosco!

Bate-Bola

Bosco - Goleiro do São Paulo

‘Quero encerrar minha carreira no São Paulo’

Seu contrato termina no fim do ano. O que pensa a respeito? Foi procurado pela direção do clube?
Isso, termina em dezembro. Não fui procurado, nem pela diretoria do São Paulo, nem por outros clubes. Só houve algumas especulações, mas nada concreto.

E qual a sua preferência?
Minha preferência é ficar no São Paulo até o fim da minha carreira, mas isso não depende só do atleta. Depende do seu rendimento, da comissão técnica e direção.

Mas até quando vai sua carreira? Ainda não pensa em parar?
Não, tenho pelo menos mais uns três anos. Já pensou, o Rogério parando com 39 anos e eu com 37? Ficaria bonito, hem (risos)!

Você e o André Dias assumiram culpa pelo gol do Ronaldo. Já chegaram a alguma conclusão sobre quem errou naquela jogada?
Eu disse ao André, no vestiário, que não falei nada no lance, então a culpa era minha. Mas isso foi no intervalo, agora é bola pra frente.

Mas um goleiro precisa falar o tempo inteiro com a zaga, não?
É fundamental. Não dá, por exemplo, para sair na bola aérea sem gritar. O zagueiro olha a bola, se você não grita, há o choque.

Quem faz mais falta ao time? O Rogério ou os dois atacantes?
Com o Rogério em campo, os adversários e até a arbitragem respeitam mais. É uma referência. Mas a equipe está entrosada, nesse estágio, todos fazem falta.

Faltou entrosamento com a zaga no lance do gol do Ronaldo?
Quando aperta, jogam no Rogério. É a característica do São Paulo. Comigo, adiantou a bola, eu chego. Mas, por falta de entrosamento, temos de nos comunicar.

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