O São Paulo aprovou esta semana a criação de um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC) para levantar R$ 240 milhões, com o objetivo de reestruturar suas dívidas com instituições financeiras. O clube firmou parceria com as gestoras Galapagos e Outfield para conduzir a operação, que tem como meta reduzir o custo financeiro e estender os prazos de pagamento.
Esse fundo será alimentado por recebíveis como direitos de transmissão, patrocínios, naming rights e outras receitas do clube. Com isso, o São Paulo poderá antecipar esses valores e convertê-los em capital de forma ágil, facilitando a gestão financeira no curto prazo.
Contudo, a operação impõe algumas restrições ao clube. O São Paulo deverá seguir limites rígidos de gastos, como a proibição de investir mais de 50% da receita bruta anual ou R$ 350 milhões no futebol, além de um teto salarial para a administração que não poderá ultrapassar 4% da receita ou R$ 25 milhões anuais.
A criação do fundo também fará com que o clube tenha restrições para contrair novas dívidas superiores a R$ 10 milhões por trimestre, que dependerão da aprovação do comitê de crédito do fundo. Qualquer movimentação envolvendo antecipação de receitas futuras também necessitará de autorização do fundo. O prazo para quitação do montante será até dezembro de 2028, com taxas de juros e administração incluídas na operação.
- Assim, eu acho que, se a coisa andar da forma que se espera, em dois anos, o clube já vai estar muito mais aliviado do ponto de vista do fluxo de caixa. Já vai estar podendo aproveitar essa melhora da credibilidade, o mercado vai conseguir enxergar o clube como um clube confiável. À medida que as cláusulas estão sendo atendidas, que o clube trabalhou na direção correta, você pode aumentar essa operação, você pode trazer outros recebíveis e captar mais recursos. Isso pode ajudar a alongar outros passivos, melhorar a gestão financeira, inclusive, pode eventualmente, assim, fazer com que você pague algum dinheiro para fazer investimentos que o clube quiser fazer – projeta o economista.
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