No último jogo antes de iniciar as oitavas de final da Copa do Brasil, o São Paulo entrou em campo contra o Fortaleza, no Castelão, com três de seus titulares no banco, mais o desfalque de Lucas, suspenso, que já era conhecido. Foi derrotado por 1 a 0 na noite deste sábado. É um roteiro que tem se repetido no clube nas últimas temporadas.
Com elenco com lacunas, o clube prioriza os torneios de mata-mata e não consegue manter a força no Brasileirão. Contra o Fortaleza, Arboleda, Luciano e Ferreirinha começaram no banco, com Ferraresi, Juan e Rodrigo Nestor entre os titulares. Na vaga de Lucas, jogou Wellington Rato. Dificuldades do tipo já tinham sido percebidas nos duelos contra Cuiabá e Vasco, quando Zubeldía também poupou jogadores pelo temor de lesões. Foram duas derrotas.
A partir de terça, voltam os mata-matas. O primeiro, contra o Goiás, nas oitavas da Copa do Brasil – a ida será no Morumbis, a volta em Goiânia, no dia 8. Na semana seguinte, o São Paulo encara outro duelo eliminatório, contra o Nacional, do Uruguai, pelas oitavas da Conmebol Libertadores, que termina no Morumbis, dia 22 de agosto. Enquanto avançar nas copas, continuará jogando duelos de mata-mata entre as rodadas do Brasileirão até a reta final do campeonato – só estão previstos jogos consecutivos a partir da 33ª rodada. Nessas condições, o São Paulo terá dificuldades de se colocar entre os candidatos ao título. Os obstáculos de Zubeldía já tinham começado antes, quando Alisson se machucou contra o Grêmio.
Era o jogador mais regular do time, e agora, com uma fratura no tornozelo, será desfalque pelo resto da temporada. A diretoria tem ido ao mercado para tentar recompor o elenco. Marcos Antônio chegou pouco depois da lesão de Alisson, e há um acordo próximo com o zagueiro Maurício Lemos para a vaga de Diego Costa, vendido ao Krasnodar. Esses reforços, porém, chegam para preencher esses buracos. Não bastam para dar opções para que Zubeldía possa poupar seus titulares, eventualmente, sem perder qualidade no time. O São Paulo parece que, mais uma vez, vai apostar suas fichas nas copas. Funcionou no ano passado, quando conquistou a Copa do Brasil. É um movimento arriscado, mas compreensível.
O time está consolidado no grupo que disputa uma vaga no G-4 do Brasileiro – é o sexto, com 32 pontos –, diferentemente de 2023 e 2022. Caso não conquiste um título, a tendência é que se mantenha na briga por vaga na Libertadores pelo Nacional.
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