A relação entre o técnico Luis Zubeldía e os jogadores do São Paulo despertou preocupação de torcedores tricolores nas redes sociais nos últimos dias, depois da derrota por 4 a 1 para o Vasco.

Nesta quinta-feira, porém, o treinador negou qualquer problema com o elenco e citou seus trabalhos anteriores para justificar o bom relacionamento. No passado recente, antes de chegar ao São Paulo , Luis Zubeldía passou três temporadas no Lanús, da Argentina, e duas na LDU, do Equador, conquistando seus primeiros títulos como treinador.

Depois da vitória por 2 a 1 sobre o Criciúma, no Morumbis, pelo Campeonato Brasileiro, o argentino admitiu que o Tricolor estava em dívida com seu torcedor pelas quatro partidas sem vitórias. – Não (há problema). Nenhum problema.

Eu venho de dois processos bastante longos, três anos e meio no Lanús, quase dois anos na LDU. Imagine as diferentes situações pelas quais passamos. Eu creio que quando um não ganha duas ou três partidas, tem de se observar essa situação de uma maneira. E quando consegue somar dois pontos em quatro partidas, tem de saber observar, também. De outra maneira, mas tem de saber observar.

– Essa não é a primeira nem a última vez que tenho de manejar essa situação, tanto a favor quanto contra. Estou há 15, 16 anos trabalhando. O que podem comentar em redes sociais, hoje em dia, é quase obviedade. Quando ganha, se colocam no topo. E quando se perde geram um monte de hipóteses. Assim está o mundo atual. E venho de dois trabalhos muito longos. Essa é a situação. Mas o mais importante de tudo isso é que eu trabalho com gente muito boa internamente no clube (...). Mas também sabemos que estávamos em dívida – disse Zubeldía

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Apesar de o clima ser bom, de acordo com Zubeldía, a sequência de maus resultados teve ecos nos corredores do CT da Barra Funda. Numa reunião de rotina na última segunda-feira, a direção de futebol do São Paulo destacou a importância de chegar a agosto, quando as copas (do Brasil e Libertadores) voltam a ser disputadas, com uma boa pontuação no Campeonato Brasileiro. Apesar do calendário apertado, com muitos jogos, e o risco de lesões, o Tricolor entende que é preciso colocar força máxima nas partidas que terá pela frente nas próximas semanas.

Zubeldía admitiu que ainda está se adequando à rotina de partidas no Campeonato Brasileiro, mas disse que é ele quem decide quem entra em campo. – Eu sempre estou disposto a escutar. Sou uma pessoa muito aberta com meu estafe. Muito aberta com meus jogadores. Muito aberta com a direção. Mas no final, a decisão quem toma sou eu. Então, o tempo me ensinou a escutar.

E o tempo me ensinou que, ao final, eu posso escutar, mas tenho que tomar as decisões. Quando trocar um jogador, quem posso tirar, tudo depende de mim.

– Agora que tivemos uns dias a mais, falamos, tiramos conclusões, aprendemos. Porque eu posso conhecer muito do futebol brasileiro, mas de fora. Agora, de dentro. Tenho claro como é. Mas uma coisa é ter claro na teoria e a outra é vivendo. Estamos com os pés no chão, porque hoje ganhamos, mas ao mesmo tempo com a humildade de aprender e tirar conclusões quando as coisas não vão bem. Tirar conclusões, assim trabalhamos internamente. Não há nada para ocultar – completou.

Nesta quinta-feira, Zubeldía levou o São Paulo a campo com quatro atacantes e assumiu riscos para tentar voltar a vencer. Deu certo. – Jogamos num 4-2-4. São quatro atacantes.

Era perigoso, mas tratamos de fazer uma estratégia em relação ao rival, em relação a como vínhamos. Dentro dos quatro atacantes, tratar de que não tenha referência em algum momento do jogo. É um 4-2-4. Hoje, deu certo. Saiu bem pelas sensações. Saíram dois gols rápidos. Dois lindos gols. Era importante ganhar depois de uma sequência negativa – finalizou

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Sétimo colocado, com 18 pontos em 12 jogos, o São Paulo volta a campo no domingo, às 16h, contra o Bahia, novamente no Morumbis, pela 13ª rodada do Brasileirão.