O Criciúma é reconhecido em todo o Brasil pela torcida apaixonada, mas a cidade catarinense também é morada de apoiadores fanáticos por outros clubes, dentre eles o São Paulo. É o caso de Gustavo Luiz Machado, que em 2005 começou a acompanhar e vibrar pelo Tricolor Paulista. Na prateleira de ídolos, Gustavo tem apenas dois: Rogério Ceni e Calleri. O atacante argentino conquistou esse lugar especial recentemente, no dia 17 de setembro de 2023, quando marcou o gol da vitória na partida de ida da final da Copa do Brasil, contra o Flamengo.
— No primeiro jogo eu fiz uma aposta com meu amigo que iria dar São Paulo e que o Calleri marcaria um gol — conta Gustavo ao ge. A vantagem garantida para o segundo confronto da Copa do Brasil fez Gustavo dobrar a aposta. Antes mesmo do apito e da bola rolar no Morumbis, a ideia de ser campeão de tudo fez o torcedor convencer a esposa Emanoela, que também é são-paulina, a homenagear Calleri através do filho caçula.
— Minha esposa estava grávida, então decidi que, por ele ter feito o gol que nos deu vantagem, batizaríamos nosso filho de Calleri. Eu já tinha certeza que seríamos campeões. Sempre dava ruim, nunca passávamos das quartas e eu sempre sofri zoações por isso. Uma cena que eu nunca me esqueço é quando acabou o jogo empatado e ele desabou no gramado comemorando. Ali ele me mostrou que merecia. Pode sair um dia do São Paulo, mas não vai ser esquecido jamais pela minha família — contou.
A homenagem foi concretizada sete meses depois, no dia 5 de maio, quando nasceu, em Criciúma, o pequeno Calleri José Belina Machado. Curiosamente, no momento em que o São Paulo enfrentava o Vitória, em uma partida que terminou com triunfo do Tricolor por 3 a 1.
— A minha esposa tava ganhando o bebê e eu tava vendo o jogo no celular — contou rindo. Com a família completa, Gustavo tinha dois sonhos: assistir ao São Paulo no Morumbis e apresentar o filho mais novo ao atacante argentino. Com as tragédias envolvendo enchentes no Rio Grande do Sul, a oportunidade do encontro surgiu na partida entre Internacional e São Paulo, no dia 13 de julho. Como o Beira-Rio passava por reformas, o Colorado jogou como mandante em Criciúma, no Heriberto Hülse.
— Levei a certidão de nascimento do meu filho pro jogo e mostrei para um repórter, que me mandou ir até o portão onde o ônibus do clube passava quando o jogo acabasse. Fui e o encontro foi realizado, com o Calleri batendo foto com a gente. Conheci quase o elenco inteiro. Contei a história toda pro Calleri. Foi um sonho realizado.
A expectativa é de que a família possa repetir a foto no fim do ano, quando o Criciúma e o São Paulo se enfrentarem em Santa Catarina. Quando isso acontecer, o papai do Calleri já adianta que o coração divido entre as duas equipes vai torcer por empate. — Eu sou torcedor do Criciúma também. Ano passado torci muito para subir para a Série A e nesse ano também torço para que vá bem no Brasileirão. É uma paixão compartilhada entre os dois — confessa.
Nesta quinta-feira, Gustavo e a família vão acompanhar São Paulo e Criciúma pela televisão. As equipes se enfrentam, às 20h (de Brasília), no Morumbis, em partida válida pela 12ª rodada.
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