Luis Zubeldía falou pela primeira vez no São Paulo como um técnico derrotado. Na noite desta quarta-feira, foi franco em sua avaliação após o Cuiabá fazer 1 a 0 dentro do Morumbi, em jogo que derrubou a invencibilidade de 13 jogos – 12 deles sob o seu comando.

– Hoje jogamos mal. Em alguns momentos do segundo tempo tivemos iniciativa, mas fizemos uma má partida. O rival se sentiu cômodo. E quando isso acontece, provavelmente vamos perder, como aconteceu. Tivemos um rendimento abaixo, todos. Abaixo do esperado. E não ficamos cômodos na partida. Temos de assumir que o rival foi melhor – disse o treinador, sem buscar desculpas.

– É inesperado, porque as últimas partidas foram muito disputadas. Tanto no Inter quanto contra o Corinthians. Hoje não aconteceu nada disso. O rival se sentiu cômodo. Não conseguimos encontrar soluções. E me parece que o rendimento de todos foi abaixo, abaixo da nossa capacidade, sem dúvida. É um campeonato grande. Imagino que isso pode acontecer, mas não esperávamos que acontecesse hoje. Agora, vamos nos preparar para o próximo. Não temos tempo para festejar ou dramatizar.

Para evitar o desgaste, o técnico começou o jogo sem Lucas, Nestor e Luiz Gustavo, que ficaram no banco de reservas e entraram apenas na etapa final, sem conseguir fazer grande diferença no jogo.

– Lucas foi uma questão de estar sempre em campo. Pela minha experiência e de quem trabalha comigo, quando se joga quatro partidas seguidas é complicado. Hoje teria alguns minutos e depois jogaria o próximo. Ele é explosivo, sobretudo pelo histórico. Temos de ter cuidado, não exagerar. Controlar o desgaste físico. Falei com ele, ele entende isso. O que ele mais quer é ajudar a equipe.

Os dois volantes que foram titulares tinham dois cartões, Alisson tomou o terceiro, tenho de prever tudo isso. Mas nada justifica que hoje não conseguimos os três pontos. Nestor saiu para dar mais frescor a um jogador que não vinha jogando, o Michel Araújo.

– Em casa temos de nos sentir cômodos, ganhadores, ter bom futebol. A derrota contra o Fortaleza não posso opinar porque não estava. Mas me parece que o campeonato é tão equilibrado que a pressão está sempre alta. – Temos de ganhar o próximo jogo, o Brasileirão é assim. Os jogadores vinham de empatar o clássico. Tem de virar a página rápido. Quando vai bem, quando vai mal. Sem dúvidas temos de jogar o melhor possível.

– É um desafio para todos os times. Tivemos uma sequência de partida a cada três dias. Mas as coisas são assim. Enquanto estávamos invictos, falamos, vimos, e agora nos atingiu.