Thiago Carpini enfrentou, mais uma vez, as vaias da torcida do São Paulo após a derrota para o Fortaleza, no Morumbis . A pressão sobre o técnico cresce a cada dia e, ainda que siga contando com o apoio do elenco, a relação com a diretoria já não é mais a mesma que um dia foi. Segundo apurou a ESPN com pessoas próximas ao treinador, ele já não conta com a mesma proximidade no dia a dia para respaldar seu trabalho. Um “silêncio” que é entendido como mau presságio. Uma fonte, inclusive, relatou à reportagem ter a informação de que já existem movimentos nos bastidores de busca por um novo treinador, algo que a direção tricolor nega.
Fato é que Carpini já entendeu que somente os resultados podem segurar seu trabalho. E eles não têm aparecido. A própria vitória contra o Cobresal , na segunda rodada da CONMEBOL Libertadores , veio com dificuldades, sob mais críticas e vaias da torcida no Morumbis ao comandante. Nesta segunda-feira (15), por exemplo, o diretor Carlos Belmonte, o executivo Rui Costa e o coordenador Muricy Ramalho estiveram no treino que foi comandado por Carpini. Havia a expectativa de uma conversa do trio com o técnico antes da atividade, o que não aconteceu.
No sábado, após a derrota por 2 a 1 para o Fortaleza, Carpini ressaltou a boa relação com Muricy. Ressaltou as conversas de apoio com o ex-treinador, mas são trocas que ele já não tem tido com outras pessoas ligadas ao comando tricolor como há algum tempo. “Para mim é um privilégio e para o São Paulo é de fundamental importância ter um cara com o Muricy. Um ícone, um cara que viveu grandes coisas na carreira e aqui. A gente fala constantemente sobre os desafios e dificuldades”, iniciou o técnico, antes de citar a “descrição” dos demais comandantes. “O Muricy é muito discreto, não só ele como toda a diretoria do São Paulo. Eles sempre me dão muita autonomia e liberdade. A gente conversa, mas as escolhas e tomadas de decisão são minhas.”
Se a escassez de conversas confirmará a suspeita de que a demissão de Carpini está mais próxima, só o tempo dirá. Mas assim como a fase mudou, da quebra do tabu contra Corinthians e título da Supercopa contra o Palmeiras para eliminação no Campeonato Paulista e maus resultados, a relação técnico-direção também. A princípio, o treinador seguirá no comando para enfrentar o Flamengo . O compromisso no Maracanã, na quarta (17), 21h30 (de Brasília), no entanto, é difícil, qualquer que fosse a fase tricolor. Ainda que uma derrota possa não ser um resultado anormal, pode ser decisiva para a troca no comando, pouco mais de três meses após o anúncio da chegada de Carpini.
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