No último domingo (3), São Paulo e Palmeiras empataram por 1 a 1 no Morumbis, em clássico pelo Paulistão repleto de polêmicas. E não apenas dentro de campo, com a arbitragem, mas também fora dele. Logo após o apito final, na zona mista do estádio, o presidente do Tricolor, Julio Casares, deu fortes declarações, direcionadas não apenas à arbitragem, mas até mesmo ao técnico palmeirense Abel Ferreira. Além disso, o time da casa não liberou a sala de imprensa para a realização do técnico alviverde, que acabou cancelada. O São Paulo, inclusive, acabou punido pela FPF por conta disso. E essas duas situações foram tema de debate durante o Resenha da Rodada, da ESPN, nesta segunda-feira (4). E o ex-zagueiro Fábio Luciano começou a discussão detonando a fala dita por Casares.
"A gente vive um regime muito mais profissional, acho que teve muito excesso. O torcedor tem o direito de ter aquele sentimento, o dirigente, não. As colocações que foram feitas, a cobrança, e para cima dos árbitros. Se a gente quer ver o futebol cada vez mais profissional. É errado. A gente quer profissionalismo de um lado e não evolui do outro. Não tem nada a ver, por exemplo, o São Paulo travar a sala de coletiva, mas é tudo o mesmo contexto. Não pode proibir um treinador de futebol de dar uma entrevista coletiva. Não pode acontecer. Não é só no São Paulo e Palmeiras, em nenhuma instituição. Você tem que se portar como dirigente. O dirigente se porta como dirigente, e não como torcedor. Aí a gente vê uma evolução. Mas como essa evolução não acontecem, essas cenas vão se repetir", começou por dizer.
Por outro lado, o ex-jogador afirmou que o fato de a entrevista não ter sido realizada também tirou um peso nas costas de Abel, que provavelmente seria questionado sobre as polêmicas que aconteceram no Morumbis. "O São Paulo fez um grande favor para o Abel. Porque a coletiva dele seria muito boa. Seria muito boa. Seria questionado sobre arbitragem, sobre momentos que o Palmeiras foi prejudicado, e ele sabe que no lance do Richard Ríos o São Paulo foi prejudicado. A maneira como ele colocou o time, eu tinha curiosidade de saber por que ele colocou o Endrick naquela posição, o Endrick convocado para a seleção, e ele vem jogar como quase um ala. Não foi mal, foi um Palmeiras diferente, o que me chamou mais atenção foi a posição do Endrick, isso me chamou atenção. Fiquei curioso 'o que o Abel vai falar?'. Ele estava desconfortável naquela função, mas o Abel colocou por algum motivo. Acho que o São Paulo fez um grande favor, tirou um peso do Abel, quando ele sai dando risada é porque ele entende que aconteceu ali, rivalidade, e 'beleza, não tenho que dar explicação de árbitro, pelo menos tenho um domingo mais tranquilo'. O São Paulo ajudou muito o Abel após a partida", finalizou.
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