Está lá na última linha da página sobre Jason Voorhees na Wikipedia.

“A cada vez que Jason retorna, ele volta mais forte.”

Pois então: o São Paulo, o novo São Paulo, de Ricardo Gomes, já ganhou o apelido de Jason. É simpático e divertido, por mais que o assassino do Sexta-Feira 13 seja deplorável e dispensável. Mas cabe no futebol. Como já comentei, se visto com bom humor e no limite certo, só descontrai. Precisamos de um pouco de irreverência. E, de fato, o São Paulo voltou mais forte do que estava no último ciclo de Muricy Ramalho.

Sim, antes que me pisoteiem, eu não acreditava. Como ainda acho prematuro dizer que o time será tetracampeão brasileiro. Entrou no páreo, apesar da desvantagem para o Palmeiras. Mas está lá em cima. Chegou ao G4, coisa que ainda não atingira. Jogadores foram recuperados, como Hernanes, Richarlysson, Junior Cesar, Jean, André Dias, Dagoberto, Jorge Wagner, Washington e Borges. Quem já era muito bom, assim continua, caso de Miranda. As lesões rarearam. Rogério Ceni está de volta.

Enfim, seis vitórias em sete jogos - cinco seguidas. O São Paulo, em menos de um mês, saiu do anonimato para quase líder da bolsa de apostas. Agora, chegou a minha vez de tirar onda: fui um dos poucos (um dos poucos, repito e escrevo aqui) que defendeu a contratação de Ricardo Gomes. Antes de assinar, o treinador já fora apedrejado. Por corneta, dirigentes, jornalistas e corneteiros. Quase caiu. Seguraram e ele se firmou. Bom treinador, ele merecia esse momento.

Ricardo Gomes se encontrou com Jason.

O casamento pode ser explosivo.

Cuidem-se, adversários.