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São Paulo mira aporte em teto do Morumbi

A diretoria do São Paulo ainda busca meios de viabilizar o projeto do clube para que o Morumbi receba jogos da Copa do Mundo de 2014. Em busca de parceiros comerciais para custear os R$ 300 milhões que a obra deve consumir, o clube tricolor pretende oferecer como propriedade até a exibição de uma marca na cobertura da arena.

A cobertura total de arquibancadas e cadeiras será a principal intervenção do Morumbi para a Copa do Mundo de 2014. A instalação do aparato faz parte da última fase do cronograma, quando o estádio pode até ser fechado por algum tempo. Depois disso, a ideia é usar o logotipo de uma empresa sobre o tecido translúcido, que será visível nas imediações - o estádio fica em um nível inferior ao das ruas que o cercam.

O patrocínio é uma propriedade que ainda não havia sido divulgada, e faz parte de um plano do São Paulo para contornar a dificuldade de amealhar os recursos necessários para a reforma. O Morumbi integra uma lista restrita de arenas privadas no projeto do Brasil para a Copa do Mundo de 2014, grupo que também conta com Arena da Baixada (Atlético-PR) e Beira-Rio (Internacional).

"Estamos com tudo pronto, correndo atrás de investidores. Temos conversas com algumas empresas, mas ainda não podemos divulgar nada. Esperamos novidades em breve", disse Ataíde Gil Guerreiro, representante do São Paulo na comissão do Estado de São Paulo para o Mundial.

Na segunda-feira, o comitê organizador de São Paulo esteve reunido com representantes do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para falar sobre a possibilidade de um empréstimo à obra do Morumbi. O encontro serviu para os paulistas mostrarem que têm interesse em obter o aporte, mas que não o farão nas condições atuais.

"O Brasil entrou em um negócio muito grande, que é a Copa do Mundo, e isso vai trazer muitos dividendos ao país. Esperamos que, como não estamos pegando um tostão do governo, saia uma linha de crédito do BNDES com condições específicas para esse evento. Não vamos pegar com os juros que eles trabalham para o mercado, que são entre 5% e 6%, e depois ficar com uma dívida impagável", completou Gil Guerreiro.

As cidades que receberão jogos da Copa do Mundo de 2014 devem apresentar à Fifa até o dia 31 de dezembro um relatório sobre o investimento que vão movimentar, a origem desses recursos e o que será feito posteriormente na estrutura criada para o evento. Essa prestação de contas é ainda mais importante no caso do Morumbi, já que a arena de São Paulo postula o direito de fazer a partida de abertura do torneio.

"Nós estamos com tudo dentro do cronograma. O setor Visa já é uma reforma para a Copa do Mundo, assim como dois camarotes do andar inferior. Em um primeiro momento a Fifa achava que não dava para começar as intervenções sem fechar o estádio, mas nós provamos que é possível", afirmou Gil Guerreiro. "Eles nos pediram algumas alterações no projeto, como tirar a imprensa da parte média e levar para cima. Estamos atendendo em tudo", completou.

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