Todos têm técnico, só nós temos Dorival. Genial Júnior. Obrigado, Flamengo. Resolvi escrever esse texto depois de olhar um post muito bacana da conta oficial do São Paulo em parceria com Dorival Júnior e perceber a empolgação do torcedor. Recentemente também fiz essa reflexão em Fim de Papo do UOL Esporte.
A chamada Dorivalmania é altamente justificável. O são-paulino vinha de um período ruim sob o comando de Rogério Ceni, um ídolo histórico que não conseguia uma sequência que empolgava a arquibancada, o que machucava ainda mais. Agora, são dez jogos sem perder, com seis vitórias e quatro empates. Como não se animar?
É bastante claro que há uma evolução em relação ao período anterior. São apenas quatro gols sofridos, vaga no mata-mata da Sul-Americana encaminhada, invencibilidade no Morumbi e tudo isso superando mais de dez desfalques. É óbvio que Dorival colocou ordem na casa. Mas até quando isso vai bastar?
Analisando a sequência do São Paulo, na sua vitória mais elástica, nos 3 a 0 em cima do América-MG, Rafael saiu de campo como herói. De lá para cá, as vitórias foram contra Ituano e Sport, da Série B, Puerto Cabello, da Venezuela, Internacional, que é o atual vice-campeão do país, mas está longe de viver sua melhor fase, e Vasco, que está na zona de rebaixamento e só foi batido nos acréscimos. Ainda tem empates com Coritiba, Tolima, Fortaleza e Corinthians.
O torcedor, claro, vai lembrar que sob o comando de Rogério Ceni até contra esses times o São Paulo sofria. E é verdade. Mas essa evolução é a suficiente?
Claro que é Dorival está apenas no começo do trabalho, ainda pode fazer essa equipe evoluir, ainda vai receber as voltas dos jogadores machucados, mas na hora em que o time começar a enfrentar desafios mais fortes e não conseguir triunfar a torcida continuará apoiando ou passará a criticar novamente Arboleda, Wellington Rato, Marcos Paulo...
Convenhamos, o São Paulo não tinha time para sofrer tanto quanto sofria com Rogério Ceni, mas também tem elenco modesto para poder bater de frente com Flamengo, Atlético-MG e Palmeiras. A grande questão é saber qual é o real objetivo da diretoria e qual é a expectativa da torcida do Tricolor.
Basta lembrar que o time comandado por Fernando Diniz chegou na liderança do Brasileirão sem ninguém acreditar e o técnico saiu de lá mais culpado pela esperada queda de rendimento do time do que pelo mérito de ter chegado onde ninguém imaginava.
Uma vaga na Libertadores em 2024 será comemorada ou só o título serve? Chegar em uma semifinal de Copa do Brasil vai ser exaltado ou uma eliminação vai colocar o time como péssimo? São respostas que o tempo vai trazer, mas é importante que diretoria, comissão e torcida estejam prontos para o que vem pela frente.
Enquanto isso é hora de o torcedor celebrar, vibrar com Dorival, agradecer ao Flamengo... Como disse um fanático amigo são-paulino: não enche o saco, Danilo.
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