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Dupla Furacão está de volta no São Paulo

Companheiros no Atlético-PR, Washington e Dagoberto podem ser trunfo importante rumo ao hepta

A vitória sobre o Santos no último domingo fez o São Paulo ficar 11 pontos atrás do Atlético-MG e Palmeiras, atuais líderes do Brasileirão-2009, com 25 pontos. Esta pontuação, embora grande, é sugestiva para o Tricolor. No ano passado a equipe tirou esta diferença do Grêmio, em menos rodadas do que hoje, na campanha do tricampeonato. Além disso, agora o time pode ter um aditivo importante: uma dupla de ataque já entrosada.

Pela primeira vez, na última rodada, Ricardo Gomes armou o setor de frente com Dagoberto e Washington. Os dois jogadores, que já haviam atuado juntos com Muricy Ramalho, têm no currículo o bom entrosamento do Atlético-PR, há cinco anos, no Brasileirão-2004. Naquela edição do torneio, o atual camisa 9 marcou 34 gols, recorde até hoje em apenas um ano.

Dagoberto, que não costuma marcar muitos gols, fez 11, antes de sofrer uma grave lesão no joelho. Com esta dupla em campo, o Furacão obteve um aproveitamento de 73,9% dos pontos. Sem eles, o rendimento caiu e o Santos foi campeão, tirando o bi do clube paranaense.

Por enquanto, para esta dupla continuar em campo, Borges, suspenso no domingo, terá de ficar na reserva. A curto prazo, o técnico Ricardo Gomes já avisou que é impossível colocá-los juntos. Muricy também era contra, dizia que esta formação era boa para os adversários.

– A partir de agora, não vamos mais ter tempo para treinar o time. Vai ser jogo, descanso e jogo. Com quatro ou cinco semanas livres, é possível colocá-los juntos. Agora, não. Eu teria de fazer o Borges ser aquele jogador que ele era no Paraná Clube, com uma função um pouco diferente desta que ele faz hoje – explicou o comandante tricolor.

Ricardo Gomes decide nesta terça-feira, no último treino antes da partida contra o Internacional, se Washington vai continuar no time ou se Borges vai ficar com a posição do camisa 9. Juntos, em 2004, Dagol e o Coração Valente participaram de 23, dos 46 jogos do Furacão no Nacional. O time somou 51 (16 vitórias, três empates e três derrotas), dos 69 pontos possíveis e estava na liderança até Dagoberto se lesionar. No Tricolor, eles foram os protagonistas na vitória por 2 a 1 sobre o Santos, no Morumbi, na última rodada. Se o rendimento agora for parecido, os líderes que se cuidem.

O Sampa vai entrar na disputa!

Confira abaixo um bate-bola com a dupla são-paulina:

Washington - Atacante

Contra o Santos, o entrosamento com Dagoberto voltou, como em 2004?
Foi muito bom, foi a nossa melhor partida atuando juntos, as tabelas saíram. Quando os dois atacantes se entrosam a equipe se contagia e todos jogam bem. Tomara que continue assim.

Em 2004, o Atlético-PR era líder antes de o Dagoberto se lesionar. Acha que se isso não acontecesse a história seria outra?
Com certeza. Estávamos em um grande momento. A lesão dele foi contra o Paraná. A partir daquele momento, demos uma caída. O Dennis Marques, que chegou para substituí-lo, até que foi bem, mas o Dagoberto estava voando.

O que aconteceu para que o título não viesse?
Para mim, foi uma das maiores injustiças da História do futebol não termos conquistado aquele título pelo Atlético. Deu tudo errado para a gente na semana em que perdemos a liderança para o Santos. Foi uma das maiores decepções minhas no futebol, assim como a perda da Libertadores ano passado, atuando pelo Fluminense.

E o que muda para você se jogar ao lado do Borges ou do Dagoberto?
A diferença de parceiro de ataque é porque os estilos são diferentes. O Borges é mais parecido comigo, então não tem essa coisa de que um é melhor ou pior.

Dagoberto - Atacante

Você e Washington formam a dupla de ataque ideal hoje?
O Ricardo Gomes que escala o time. Washington, Borges e eu, todos estamos aqui para ajudar o São Paulo, tenho certeza disso. Agora vai do técnico escalar os melhores ou não.

Mas, caso continuem no time, acha que desta vez podem levantar a taça juntos?
Título sempre é objetivo, ainda mais estando aqui no São Paulo. Naquele ano (2004), vivíamos um momento maravilhoso, estávamos muito bem com o Atlético. Poderíamos ter conquistado um título que seria muito importante pra nossas carreira, mas infelizmente não conseguimos. Mas ainda é muito cedo para falar nisso. Estamos novamente aqui e espero que dessa vez a gente consiga.

E está preparado para voltar a ser titular da equipe?
Fiquei um tempo parado por um problema no adutor, fiz um fortalecimento muito bom, e tenho certeza de que estou em um dos melhores momentos da minha vida fisicamente. Estou muito bem, no jogo contra o Santos deu para ver.

O que esperar da partida contra o Internacional amanhã?
Nosso objetivo é engrenar. Jogamos bem e isso nos anima para conseguir a vitória fora.

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