O vice-campeonato brasileiro de 1991 foi o mais próximo que Ivair Júnior conseguiu chegar da Taça Libertadores da América como jogador. O atual assistente técnico de Adilson Batista no Cruzeiro formava a dupla de volantes do Bragantino com o tetracampeão Mauro Silva, quando a equipe foi superada pelo São Paulo. Hoje, aos 49 anos, ele aplica os fundamentos que aprendeu como atleta nos treinos da Raposa e é um exímio motivador. Com gritos ou apenas uma conversa, tenta elevar o astral dos jogadores ao mesmo tempo em que realiza os trabalhos técnicos.

- Tento mostrar ao jogador aquilo que vai acontecer no jogo. Fico feliz por poder motivar. Eles estão assimilando o que estou passando. Se não tem retorno, não adianta trabalhar. Nós temos e isso me motiva – disse.

E o Cruzeiro precisa muito do incentivo de Ivair neste momento da temporada. Nesta quinta-feira, a equipe encara o São Paulo, no Morumbi, pelas quartas de final da Libertadores. O Tricolor Paulista mais uma vez aparece no caminho do ex-jogador. Dezoito anos depois, ele espera que a história seja diferente. Não com sentimento de vingança, mas como um prêmio para uma parceria duradoura com Adilson Batista.

- Aprendi e aprendo muito com esse cara de 41 anos que só jogou em time grande, gosta do futebol e entende de futebol. Começamos há nove anos este trabalho, estamos aqui há um ano e meio e esperamos conquistar a classificação contra o São Paulo – afirmou.

A partida desta quinta começa às 22h (de Brasília). Como venceu por 2 a 1 em Belo Horizonte, o Cruzeiro joga pelo empate. A repetição do placar do primeiro jogo a favor dos são-paulinos leva a decisão aos pênaltis.