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Sob risco de crise, São Paulo e Cruzeiro duelam por semifinal

Apontados como dois dos clubes mais organizados do Brasil, São Paulo e Cruzeiro iniciaram o ano com o planejamento voltado ao título da Copa Libertadores da América. Justamente pelo peso que os dois clubes dão ao torneio, uma eventual desclassificação na noite desta quinta-feira pode decretar a crise em um dos clubes. Tricolor e Raposa travam o duelo no estádio do Morumbi, às 22 horas (de Brasília), pelas quartas de final da competição continental.

Todos no time paulista demonstram confiança em conseguir a vaga na semifinal, mas também admitem que um possível tropeço pode trazer consequências. "Não podemos errar. É um jogo decisivo, apenas um passa para a próxima fase e precisamos ter cuidado. É uma partida muito esperada e há muita expectativa. Uma derrota seria complicada. Se perdermos esta classificação, muita coisa pode acontecer", alertou Zé Luis, que volta à lateral direita depois de cumprir suspensão no Campeonato Brasileiro.

O zagueiro André Dias, que assumiu a condição de líder da equipe neste período de ausência de Rogério Ceni, tem opinião semelhante do colega. "Não pensamos na hipótese de sair. Óbvio que isso pode acontecer, mas o pensamento de todos é conquistar a Libertadores. Se por acaso vier a acontecer (a eliminação), será como nos anos anteriores, quando fomos cobrados por não termos conseguido o objetivo".

Apesar de ninguém no clube admitir a ameaça de crise, até mesmo o relacionamento entre os atletas já está sendo colocado em xeque. Borges, Washington e André Lima já demonstraram insatisfação por conta das opções de Muricy, mas o assunto foi abafado.

Na primeira partida entre os clubes, em Belo Horizonte, o Cruzeiro abriu vantagem com a vitória por 2 a 1. Por isso, o Tricolor necessita apenas de um triunfo por 1 a 0 para se classificar. Já se os mineiros marcarem gol no Morumbi, o São Paulo precisará ganhar por dois gols de diferença.

Por conta da vantagem, Adílson Batista irá mandar um Cruzeiro fechado ao Morumbi para conseguir a classificação. Os jogadores adiantaram que a ordem é não dar espaços ao adversário. "Temos que ficar concentrados o jogo todo. Iremos marcar primeiro para depois sair ao contra-ataque. A prioridade é a marcação", declarou o lateral Jonathan, que viu o coro ser engrossado por Gerson Magrão.

"Não podemos ficar atrás e chamar o São Paulo para cima, mas vamos pensar em marcar para depois sair para o ataque", sentenciou. Para furar o bloqueio dos visitantes, Muricy Ramalho faz mistério sobre a escalação, mas deve colocar o Tricolor no 4-4-2, apostando na criatividade do meio-campo, com Marlos e Hernanes.

Mesmo assim, para eliminar o time celeste, o treinador precisará acabar com um trauma deste seu trabalho no Tricolor. Nas três edições passadas da Libertadores, o São Paulo foi eliminado por equipes brasileiras; Internacional (2006), Grêmio (2007) e Fluminense (2008).

Já o Cruzeiro não tem trauma recente, mas também precisa da vitória para espantar a ameaça de crise. As três semanas de espera desde o jogo de ida não fizeram bem ao time. No Brasileirão, o clube amargou duas derrotas e um empate, que criaram um princípio de turbulência. A diretoria investiu alto e está cobrando. A classificação contra o São Paulo não é vista como uma obrigação, mas o diretor de futebol Eduardo Maluf avisou que, se os jogadores não mostrarem mais empenho, medidas serão tomadas.

"A cobrança sempre existe. Se você está aqui, tem que se cobrar. O Maluf foi lá conversar com a gente, incentivar, falar que a gente tem condição de passar e bem pelo São Paulo", minimizou o volante Marquinhos Paraná, sobre as cobranças do dirigente.

Contudo, o discurso do cartola ecoa entre os jogadores. "Eu acho que a gente precisa mudar um pouco o espírito. Tem que ter um pouco mais vontade, garra. A gente sabe que contra o Palmeiras o time estava desfalcado, mas isso não é pretexto para não lutar ou não correr. Precisamos mudar um pouco isso", reclamou o atacante Kléber, um dos titulares que não esteve presente na derrota de 3 a 1 do último domingo.

Fábio, um dos atletas do grupo com mais tempo de casa, demonstra total confiança nos colegas. "O grupo está bastante unido desde o princípio. Independentemente das derrotas, temos que pegar como uma coisa positiva, detalhes que aconteceram na partida anterior para que não aconteçam em uma partida decisiva como é essa da Libertadores. O grupo está consciente, equilibrado e sabe das dificuldades", defendeu o goleiro.

Para vencer um jogo de nível tão alto, não basta apenas garra, é preciso ter um time forte. Para isto, o técnico Adilson Batista conta com a maioria de seus titulares - vários foram poupados na última rodada do Brasileirão. O principal desfalque é o volante Ramires, na seleção. No ataque, Thiago Ribeiro e Soares continuam fora. Por isto, o companheiro de Kléber deve ser um centroavante de área - Wellington Paulista ou Zé Carlos -, com o jovem meia Bernardo correndo por fora na disputa.

FICHA TÉCNICA
SÃO PAULO X CRUZEIRO

Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 18 de junho de 2009, quinta-feira
Horário: 22 horas (de Brasília)
Árbitro: Sergio Pezzota (Argentina)
Assistentes: Roberto Reta e Diego Romero (ambos da Argentina)

SÃO PAULO: Denis; Zé Luis, Renato Silva, André Dias e Junior Cesar; Eduardo Costa, Jean, Hernanes e Marlos; Washington e Borges
Técnico: Muricy Ramalho

CRUZEIRO: Fábio; Jonathan, Thiago Heleno, Leonardo Silva e Gerson Magrão; Fabrício, Henrique, Marquinhos Paraná e Wagner; Wellington Paulista (Bernardo ou Zé Carlos) e Kléber
Técnico: Adilson Batista

*Colaboraram Eduardo Carneiro e Rodrigo Pedroso

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