A fala tranquila e o jeito tímido contrastam com tudo aquilo que passa pela cabeça de Gerson Magrão nos últimos dias. Aos 24 anos, o jogador disputa a primeira Libertadores da carreira e não esconde que o sentimento é diferente. Nesta quinta-feira, ele terá a chance de chegar à semifinal da competição mais importante do continente com a camisa do Cruzeiro. No Morumbi, a Raposa encara o São Paulo pelas quartas de final. A hora da verdade motiva, mas também traz ansiedade.

- Na Libertadores a gente enfrenta times mais experientes. A pressão é maior por se tratar de um título internacional. Podemos entrar para a história do clube.

Desde o início desta edição, o Cruzeiro tem sido apontado como forte candidato ao título, principalmente pelo estilo de jogo bonito que apresenta, com toque de bola e velocidade. No entanto, Magrão alerta que nem sempre o time mais qualificado consegue o título.

- É diferente porque todo os times que começam a competição têm chances de vencer. Nem sempre o de melhor técnica chega ao fim – ressaltou.

Contra o São Paulo, o Cruzeiro joga fora de casa, mas está em vantagem. A vitória por 2 a 1 em Belo Horizonte, no jogo de ida, permite ao time empatar. O que preocupa a torcida do Cruzeiro é o último encontro entre os adversários. Pelo Brasileirão, o Tricolor Paulista venceu por 3 a 0, no mesmo local do duelo desta quinta. Magrão espera que o resultado não se repita.

- Espero que seja diferente e a gente possa sair feliz deste jogo. Temos uma vantagem e precisamos tentar aproveitar. Não vamos chamar o São Paulo para cima da gente. Temos que ter paciência. Se fizermos um gol, vai ficar melhor ainda – avisou.

A atual temporada tem um significado importante para Gerson Magrão. O jogador começou o ano como reserva de Wagner no meio-campo. Mas foi na lateral-esquerda que se encontrou, virou titular e curte a boa fase.

- Fiz a escolha certa – resume.