Contra o Cruzeiro nesta quinta-feira, em partida válida pelas quartas de final da Libertadores, o São Paulo poderá contar com o xodó da torcida. Dagoberto, empolgado com a torcida, frequentemente vem entrando bem nos jogos e é umas das peças fundamentais do esquema de Muricy Ramalho para vencer a Raposa no Morumbi e garantir a classificação na competição.

LANCENET!: Nos últimos jogos que o São Paulo disputou no Morumbi, pela Libertadores, você foi decisivo. Você se sente à vontade aqui?
Muito. Não estou jogando seguidamente, então, quando tenho oportunidades, procuro me empenhar ao máximo para ajudar. Muitas vezes, quando entrei, o time estava empatando, ou até perdendo. E, felizmente, consegui ajudar em algumas partidas. O carinho da torcida é algo muito gostoso e hoje estou num lugar em que nunca estive (arquibancada). No último andar do Morumbi, olhando o campo, vendo a enormidade que é isso. Isso nos motiva a jogar futebol, fazer nosso melhor, e dar alegria a essas pessoas que precisam tanto.

LNET!É muito diferente olhar o Morumbi aqui da arquibancada?
Só de estar aqui, o coração já bate forte. E quando está cheio... Com certeza, vão vibrar muito na quinta-feira, nós vamos fazer com que essa alegria seja total porque a torcida são-paulina merece. Sabemos que estamos devendo, não estamos jogando o futebol que queremos, mas podem ter certeza de que estamos lutando e nos dedicando ao máximo. Tudo voltará ao normal na quinta-feira, essa vitória nos dará alegria e nosso futebol de volta.

LNET!: O que está faltando? O que o São Paulo precisa mudar para jogar melhor e vencer o Cruzeiro?
Fizemos um jogo espetacular contra o Cruzeiro pelo Campeonato Brasileiro (vitória por 3 a 0). Falta mostrar nosso futebol, ser mais ousado. Eu disse que temos de, entre aspas, respeitar menos o adversário. O São Paulo tem de se impor aqui no Morumbi ou fora de casa, é isso que está faltando. Buscar ousadia aliada à inteligência, só assim vamos conseguir essa vaga para a semifinal.

LNET!: Afinal, o atual tricampeão brasileiro é o São Paulo, não?
É isso que eu penso. Merecemos respeito por isso. Todo mundo questiona, e sempre falo que não vamos manter para sempre a fase de vitórias, mas temos por obrigação lutar e honrar a camisa. Quinta-feira, isso vai estar lotado e a galera vai sair feliz.

LNET!: Você já conquistou dois Brasileiros. A Libertadores, um título inédito, teria gosto especial?
A vontade de conquistar a Libertadores é muito grande. O grupo tem essa mentalidade. Sabemos do nosso momento, mas também sabemos que somos muito fortes. É a chance de chegar a uma semifinal. Falamos no início da competição que faltavam muitos jogos, agora faltam apenas cinco. Ao mesmo tempo em que estamos tão longe, estamos tão perto de uma conquista. Estou muito empolgado para conquistar essa Libertadores.

LNET!: Em 2003, você foi campeão mundial sub-20 ao lado do Kléber, pela Seleção Brasileira. Ele já era complicado como é hoje?
Vejo o Kléber como um jogador competitivo, que não quer perder nada. Ele é um jogador forte, eu o admiro. Ele tem algumas coisas que eu até queria colocar no meu trabalho. O Kléber leva porrada e sai andando, como se não tivesse acontecido nada. Eu, no calor do jogo, acabo extrapolando um pouco, falo com o árbitro. Mas é uma coisa que vou aprendendo, assim como ele tem de aprender algumas coisas. Ele está em grande fase, tenho de dar os parabéns. Vejo o empenho dele em todos os jogos, torço por ele. Mas, na quinta-feira, tem de dar São Paulo!