A ausência de um lateral direito de ofício no São Paulo obrigou o técnico Muricy Ramalho a testar mais um volante na posição. No jogo diante do Santo André, no sábado, o treinador não pôde contar com Zé Luis, que estava suspenso, e testou o garoto Jean no setor, mas o atleta não se encontrou em campo.

"O lateral deles atacava muito e o Marcelinho também ia para a esquerda. Não dava para eu ajudar a compor o meio-campo, como o Muricy queria", defendeu-se o atleta, que voltou para sua posição de origem no segundo tempo, já que o técnico fechou a direita com o zagueiro Jean Rolt.

Depois que o Tricolor emprestou Wagner Diniz de forma gratuita para o rival Santos, o improvisado Zé Luis se firmou como a única opção confiável para Muricy na direita. Arouca e Dagoberto já foram testados no setor, mas não se adaptaram.

Jean, então, reconheceu que ter alguém específico para a ala facilitaria o trabalho do time. "Quando você tem um time com cada um na sua posição, fica mais fácil. Mas, se tiver de improvisar, todo mundo tenta fazer o melhor da mesma forma. Vamos buscar o melhor time para nos adaptarmos às posições".

Destaque da equipe na marcação do meio-campo, Jean reconhece que não teve um bom desempenho no sábado. "Nem se compara aquele jogo com as várias partidas que eu já tinha feito. Errei passes que não são da minha característica. Eu tenho autocrítica e não fui o que poderia ter sido", afirmou o atleta, que, mesmo com problemas, continua à disposição para os testes de Muricy Ramalho.

"Temos de estar preparados para jogar em qualquer tipo de posição. Se ele achar que tenho de ir de zagueiro, eu jogo também, só não sei se vou tão bem como quando estou de volante", finalizou.

Para a partida de quinta-feira, contra o Cruzeiro, pela Copa Libertadores, o técnico volta a contar com Zé Luis, que reassume sua vaga na direita.