Desde o início do ano, os atacantes do São Paulo têm mostrado vontade pela titularidade. Até aí, tudo bem, já que existe a disputa por uma vaga entre os 11. O problema é que, em alguns momentos, o quarteto extrapola nas reclamações e declarações. Inconformados com o banco, Borges começou, Dagoberto já teve seus momentos, Washington seguiu a mesma linha ao ser substituído em um jogo e, no sábado, por não entrar, foi a vez de André Lima.

O são-paulino espera que esta vontade dos atacantes entre em campo na quinta-feira, nas quartas-de-final da Libertadores, contra o Cruzeiro. O Tricolor tem sido refém do quarteto para vencer os jogos. Tanto no Brasileirão quando na competição sul-americana, eles são responsáveis por todos os gols.

É preciso que o quarteto se entenda e esteja entrosado, independentemente de quem seja a dupla escolhida por Muricy Ramalho para atuar nos próximos jogos. Se um não estiver bem, o outro pode entrar e desequilibrar. Quem estiver em campo tem de buscar o bem para o São Paulo, e não só o que entende ser interessante ao seu íntimo.

Borges é o artilheiro da equipe nas duas competições que o Tricolor disputa. No Brasileirão, marcou três dos seis gols. Washington, André Lima e Dagoberto têm um cada. Na Libertadores, o camisa 17 balançou redes em cinco oportunidades. Washington fez três, Dagoberto, dois, e André Lima, um. O quarteto é responsável por 100% dos 17 gols feitos em 13 confrontos, somando-se os dois torneios em disputa.

– Sempre que o São Paulo foi cobrado deu a volta por cima. Quando falam que não vamos conseguir, aí conseguimos. Então, por isso acredito que vamos passar pelo Cruzeiro – analisou o artilheiro Borges.

Contra o Cruzeiro, se a zaga não for vazada, o que já aconteceu em oito das 34 partidas desta temporada, basta que um deles deixe sua marca dentro de campo ao menos uma vez.

Borges, Washington, Dagoberto ou André Lima? Para o são-paulino, tanto faz. Independentemente de quem faça o gol, o importante é que o Tricolor avance na Libertadores.