Imagem: RUBENS CHIRI/SÃO PAULO FC
Quase seis meses depois de chegarem ao Morumbi, os cinco primeiros reforços contratados para a temporada vivem momentos bem diferentes no São Paulo. Enquanto Jandrei e Rafinha são titulares absolutos e Alisson é considerado uma peça importante para Rogério Ceni, Patrick e Nikão ainda buscam uma sequência na equipe tricolor.
A irregularidade dos dois últimos fez com que os cinco atuassem juntos desde o início apenas uma vez: no empate sem gols contra o Ituano, na terceira rodada do Paulistão. Desde então, o mais perto disso aconteceu contra o Red Bull Bragantino, no Campeonato Brasileiro, em que Jandrei, Rafinha, Nikão e Patrick começaram entre os titulares e Alisson entrou no segundo tempo.
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Mesmo sem o apoio máximo de seus principais reforços, o São Paulo briga pela liderança do Brasileirão. Depois do empate em 1 a 1 com o Avaí, a equipe de Rogério Ceni está na sexta colocação, com 14 pontos, quatro a menos que o Corinthians, primeiro colocado.
Contratação mais badalada da temporada, Nikão é quem mais sofre para ter uma sequência no Morumbi. O meia-atacante demorou para atingir as condições físicas ideais no início da temporada, o que fez com que ele tenha sido titular em apenas sete dos 20 jogos que fez até aqui.
Em mais de uma entrevista, Rogério Ceni apontou a mudança de clube como argumento para a demora para Nikão entrar em forma. Na visão do treinador, como o Athletico não participava do Campeonato Paranaense, seus jogadores tinham um tempo maior de preparação. Quando chegou ao Morumbi, o meia-atacante teria sentido essa diferença.
Nos últimos meses, Nikão vinha entrando regularmente nas partidas e chegou a ser titular na partida contra o Red Bull Bragantino, pelo Brasileirão. Um trauma no pé esquerdo, contudo, atrasou mais uma vez o processo.
O meia-atacante vem se tratando do problema físico desde a vitória do São Paulo sobre o Jorge Wilstermann, pela Copa Sul-Americana, no último dia 19 de maio. Nikão ficou fora das partidas contra Corinthians, Ayacucho e Ceará. Somando os problemas físicos com a covid-19, o meia-atacante não esteve à disposição de Rogério Ceni em 12 partidas na temporada.
A situação de Patrick também foi atrapalhada pela questão física. Assim que chegou, o meia sofreu uma lesão no músculo posterior da coxa. Foram oito jogos sem estar à disposição de Rogério Ceni. Desde então, ele tenta recuperar espaço e ter uma sequência com a camisa do São Paulo.
Depois da vitória sobre o Jorge Wilstermann, o meia rebateu as críticas à forma física. "Esse lance da forma física é engraçado. Como hoje joguei bem e fiz gol, não sou gordo. Amanhã, se o time jogar mal e eu for mal, sou gordo. Graças a Deus, o que me conforta é que, quando chego no vestiário, meus números físicos são bons. Então, acho que ao longo dos anos tenho feito bons números", disse.
Dos reforços que chegaram em janeiro, Nikão e Patrick são os que menos foram titulares com Rogério Ceni. Os dois começaram atuando em 7 e 8 jogos, respectivamente. Números bem diferentes de Alisson (20), Jandrei (24) e Rafinha (20), costumeiramente escolhidos pelo treinador nas partidas mais importantes do São Paulo.
Segunda leva também demora para encaixar
Depois do pacotão apresentado em janeiro, o São Paulo fez mais duas contratações antes do fechamento da janela de transferências. O clube trouxe o volante colombiano Andrés Colorado e o meia André Anderson.
O colombiano chegou no fim de fevereiro ao São Paulo, mas ganhou mais espaço em abril. A oscilação de Pablo Maia fez com que Rogério Ceni apostasse em Andrés Colorado para atuar como primeiro volante. Ele foi titular contra Red Bull Bragantino, Santos e Fortaleza.
Contra a equipe cearense, contudo, saiu logo aos 32 minutos por uma lesão muscular na perna direita. Ele ficou fora da lista de relacionados das últimas seis partidas e nem sequer viajou para Santa Catarina para participar da partida contra o Avaí.
O São Paulo contratou André Anderson nos últimos dias da janela de transferências. Como as inscrições para a primeira fase da Copa Sul-Americana já estavam encerradas, o meia não pôde aproveitar o torneio para se encaixar na equipe de Rogério Ceni.
Com apenas o Brasileirão e a Copa do Brasil como opções, André Anderson teve um período de adaptação maior. Inicialmente, Rogério Ceni afirmou que o meia estava com dificuldades para entender como a equipe se comportava taticamente e que precisava de mais tempo para se acostumar.
Antes do jogo contra o Avaí, ele havia atuado apenas cinco vezes pelo São Paulo, mas nunca por mais de 45 minutos.
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