Uma reportagem do jornal "O Globo" divulgou que o Morumbi teria recebido severas críticas da Fifa pelo que apresentou para a reforma do local. O objetivo do São Paulo é receber o jogo de abertura da Copa de 2014 e, segundo o presidente do clube, Juvenal Juvêncio, os questionamentos ao projeto do estádio que representa a capital paulista são uma forma de outras cidades interessadas na primeira partida diminuírem a força do Morumbi (assista ao vídeo com a entrevista completa).
Juvêncio mostrou, com exclusividade, o projeto com as modificações que serão feitas no Morumbi, destacando cada ponto questionado na reportagem do jornal carioca. O mandatário revelou ainda que Belo Horizonte e Brasília são as cidades que desejam atravessar o caminho de São Paulo para receber a abertura. Além disso, o dirigente acrescentou que um grupo da própria capital paulista deseja descaracterizar o local para provocar a construção de uma nova arena em São Paulo.
- Há dois grupos fazendo pressão. Um de governadores que querem a abertura e descaracterizam o Morumbi. Minas e Brasília querem se avantajar desse processo. E o outro é de grupos privados que desejam fazer outra arena em São Paulo, com o escudo da Copa, para que o Governo leve estrutura ao local longínquo - ressaltou o presidente são-paulino.
Juvêncio se aprofundou na concorrência com Belo Horizonte e Brasília, explicando o motivo de estas cidades não terem condições de receber a abertura da Copa. E crê que a cerimônia será realizada em São Paulo, no Morumbi.
- Tenho convicção própria de que teremos a abertura. A Fifa tem patrocinadores importantes e não há como abrir mão da estrutura de São Paulo. Temos 42 mil leitos de hotel e ainda precisamos de 8 mil. Estive a semana passada em Minas. E o hotel no qual me hospedei dizia que era o único cinco estrelas da região. Ora, um estado que só tem um hotel cinco estrelas querer fazer a abertura da Copa é um ato de loucura. Se você vai a Brasília em época de evento no Congresso não encontra hotel. E como fazer um estádio de 70 mil lugares para um público futebolístico inexistente? O time mais forte de lá é o Gama, que tem 28 mil torcedores segundo o Ibope. O que fazer com um estádio desses depois? - questionou o dirigente.
O presidente do Tricolor Paulista ainda citou que o Morumbi é o único que está com 84% do estádio pronto para a Copa. O mandatário acrescentou que em algumas cidades escolhidas não há sequer o terreno determinado para a construção do estádio.
- Copa é coisa séria e servirá para o Brasil mostrar avanço, progresso e cultura. Não se pode fazer pirotecnia, e é o que estão tentando fazer com o São Paulo, mas a verdade vai prevalecer. Há estádio que não tem terreno. Como fazer com o Maracanã, que está tombado e com camarotes vendidos? São problemas que precisam ser discutidos já. Hoje o Morumbi é o estádio mais moderno do país.
Projeto em dia e de acordo com a Fifa, garante presidente
O São Paulo já havia emitido nota oficial questionando os pontos abordados na reportagem de "O Globo" (capacidade do estádio, distância entre os ônibus e os vestiários, número insuficiente de estúdios de TV, tamanho reduzido da área da zona mista e área destinada às unidades móveis de TV). Mas agora o presidente mostrou o projeto pela primeira vez, ilustrando alguns dos questionamentos.
- A área para as unidades móveis de TV fica dentro do complexo do Morumbi, distante 250 metros do estádio, e foi a própria TV Globo que nos deu auxílio na escolha do espaço, com a visita de técnicos. Sobre a capacidade do estádio, destinaremos 4 mil lugares para jornalistas, cerca de 500 para autoridades e ainda teremos 62.700 para o público. Nosso projeto é o único que tem informações detalhadas de cada etapa do processo - completou o dirigente.
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