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No ‘Papo com Benja’, Ceni fala sobre sua recuperação

Goleiro conta como está vivendo o intenso trabalho diário para poder voltar logo aos gramados

O relógio toca 7h30 todos os dias. Rogério Ceni levanta, coloca o pé esquerdo no chão, ainda sente um pouco de dor na região operada, fica sentado alguns minutos, movimenta o tornozelo, aquece, e, só depois, levanta. O destino? O Centro de Treinamento da Barra Funda, para incansáveis seis horas, no mínimo, de exercícios no Reffis (centro de recuperação), sob a supervisão de quatro fisioterapeutas.

Esta é a atual rotina do camisa 1 do São Paulo, que se recupera de uma fratura no tornozelo esquerdo, sofrida no dia 13 de maio, durante um treino após derrota por 2 a 1 no clássico contra o Corinthians, no Pacaembu. A primeira etapa, ele deixou para trás. Nas primeiras semanas, Ceni pouco podia movimentar-se. Passou boa parte do tempo deitado na cama, mas já realizando alguns exercícios. De bom, só a companhia das filhas Beatriz e Clara, que nunca tiveram tanto tempo com o pai.

– Este tempo poderia ter vindo de outra forma, né. Sem precisar ter de operar o tornozelo – brincou o capitão na última terça-feira, após a primeira parte dos seus exercícios no Reffis.

Rogério Ceni já está há um mês no local diariamente, fazendo fortalecimento na região operada. O trabalho agora é de (muita) paciência. São três horas de exercícios pela manhã e mais três à tarde. Já é noite quando Ceni deixa o CT, sozinho, e dirige até chegar em casa. Para não perder o embalo, ele tem se animado com o som do cantor americano Bruce Springsteen. A música “Working on a dream” (trabalhando para realizar um sonho) é a preferida do capitão tricolor.

– É cansativo. Você pensa: “fiz tudo isso hoje e amanhã tem mais. E semana que vem também.” Mas faz parte. Meu lado psicológico é bom. Sou uma pessoa que se adapta fácil às coisas da vida – avisou.

Rogério Ceni participou nesta terça-feira do programa “Papo com Benja”, que já está no ar na TV LANCE!. Confira os principais momentos.

Como está a sua recuperação, já está projetando o retorno aos gramados?
- Estou melhorando, já comecei a fazer novos exercícios na segunda-feira. Os médicos acham que a evolução está boa, melhor até do que eles esperavam, estou sendo avaliado toda semana, daqui a uns 15 dias devo fazer um novo exame para saber como está a cicatrização. Estou fazendo muito fortalecimento muscular e, depois disso, devo voltar aos campos. Acho que em agosto em retorno.

É muito cansativo fazer fisioterapia todos os dias?

- Agora estou ficando mais tempo no Reffis do que em casa. Nas primeiras semanas eu fiquei mais em casa, mas nas últimas quatro estou ficando mais aqui, trabalhando de segunda até sábado, folgando só no domingo, que é o que os fisioterapeutas pedem. Agora não estou fazendo tratamento. Porque no tratamento você fica utilizando aparelhos, parado. Agora são três horas de manhã e três horas à tarde de exercícios para fortalecimento, utilizando vários aparelhos, borrachinha. Ainda faço uma hora de piscina, gelo e devo voltar a correr já na semana que vem.

Como foi o período em casa?
- Acho que você pode ficar em casa sem quebrar o tornozelo. As primeiras semanas foram difíceis pela dor, por não poder me movimentar direito. Eu ficava o tempo todo deitado, só deixava a cama para ir ao banheiro e para fazer as refeições. O início foi importante para diminuir o inchaço. Pedia até cuidado para as filhas, para elas não chegarem pulando na cama. Agora está muito mais difícil. Este é o pior período, porque você faz muitos exercícios hoje, vai fazer os mesmos amanhã e na semana que vem também. Diferente do início e das últimas semanas, quando você já está prestes a voltar às partidas.


- Os médicos deram um prazo de quatro a seis meses para o seu retorno. Projeta voltar antes disso?
- Tenho a esperança de voltar com três meses e meio, mas me baseio nos quatro meses, podendo ser duas semanas para mais, ou duas para menos. Sempre trabalhei em cima dos quatro meses, mas existem outros fatores. Preciso ver quanto tempo vou demorar para ganhar massa muscular, essas coisas. Porque se não voltar bem nesta parte, você pode ter uma lesão dez dias depois.


Como está o lado psicológico?
- Eu tenho um lado psicológico muito forte. Tem, claro, aqueles dias que você está mais para baixo, acordo, sento na cama, dá uma vontade de voltar a dormir, mas, quando chego aqui, fico animado para trabalhar. É que é difícil você demorar mais para fazer coisas que fazia em poucos minutos. Antes, para sair de casa, tinha que pegar a muleta, coloca ela no carro, depois tira, vem pro CT. As coisas caminham de uma maneira diferente, mas tem de se acostumar. Sorte que eu me adapto bem a estas novas coisas que a vida impõem.


Como tem sido este período como torcedor do São Paulo?
- Vou em todos os jogos no Morumbi, mas fico no vestiário vendo pela televisão. Consigo ver pela televisão bem o jogo. Mas gosto de assistir sozinho. Em casa, por exemplo, minha sogra (dona Filomena) me deixa louco. Eu torço para dentro, ela torce para fora. Ela assusta até as meninas. Mas, quando estou jogando, posso tomar dez gols que ela não me corneta. É muito gente boa. Eu gosto de ver o jogo porque depois comento com o pessoal no vestiário. Só rezo junto com os atletas antes dos jogos e tento passar alguma coisa legal, pada ajudar. Mas nada de parte tática porque isso é com o Muricy. Por isso que não gosto de muita gente do lado vendo os jogos comigo no vestiário.

Como vê a evolução do time?
- O time melhorou bem no último jogo, mostrou confiança e acho que vai chegar muito bem no jogo contra o Cruzeiro, pela Copa Libertadores. A tendência da equipe agora é crescer, depois de um momento complicado com muitas lesões seguidas. Acredito bastante nesta equipe.

Confira na íntegra o papo de Rogério Ceni com Benja na TV L!

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